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Papa encontra clero de Roma: “padre é homem de misericórdia”

Dirigindo-se aos padres da diocese de Roma, Francisco falou da necessidade de os sacerdotes estarem próximos ao povo


Papa encontra clero de Roma: “padre é homem de misericórdia”

“O padre é homem de misericórdia e compaixão”, como o bom samaritano e como Jesus, o Bom Pastor. Estas foram as palavras do Papa Francisco ao clero de Roma.
Os sacerdotes encontraram-se com o Santo Padre, na manhã desta quinta-feira, 6, no tradicional encontro, de início da Quaresma, entre o Bispo de Roma e os padres de sua diocese.
Recordando a instituição da Festa da Divina Misericórdia pelo Papa João Paulo II, Francisco insistiu que, em toda a Igreja, este é o tempo da misericórdia. “Toca-nos, como ministros da Igreja, manter viva esta mensagem, sobretudo na pregação e nos gestos, nos sinais, nas opções pastorais”.
O aprendizado sobre a misericórdia deve vir, segundo o Papa, de Jesus, que se comovia ao ver o povo disperso e desalentado. “Jesus tem as vísceras de Deus: está cheio de ternura para com as pessoas, especialmente para com os excluídos, os pecadores e os doentes”, disse, lembrando que, à imagem do Bom Pastor, também o padre é homem de misericórdia e compaixão, próximo da sua gente e servidor de todos.
Esta atitude deve ser refletida em especial no sacramento da Reconciliação, no modo de acolher, escutar, aconselhar e absolver os fiéis. Francisco ressaltou que isso depende também do modo como cada um se deixa abraçar por Deus na confissão. “O padre está chamado a aprender isto, a ter um coração que se comove. Os padres assépticos, os padres de laboratório, não ajudam a Igreja”.
Francisco também destacou aos sacerdotes que a Igreja pode ser pensada como um hospital de campanha, pois é preciso curar as feridas do povo. “Há tanta gente ferida por problemas materiais, pelos escândalos, mesmo dentro da Igreja. Gente ferida pelas ilusões do mundo. Nós padres temos de estar ali, junto das pessoas. Misericórdia significa, antes de mais nada, curar as feridas”.
Nesse momento, o Santo Padre questionou os sacerdotes sobre o cuidado com os fiéis, se realmente conhecem as feridas de seus paroquianos, se mantêm proximidade com eles. Ele retomou, então, o exercício do sacramento da reconciliação, que não é uma questão de rigor.
“A verdadeira misericórdia toma a seu cargo a pessoa, escuta-a atentamente, aborda com respeito e com verdade a situação, acompanha-a no caminho de reconciliação. Comporta-se como o Bom Samaritano. O seu coração é capaz de compaixão, como o de Cristo”.

Papa enfatiza: não há estilo cristão sem a cruz e sem Jesus

Santo Padre destacou que o estilo cristão é humilde, manso e generoso


Papa enfatiza: não há estilo cristão sem a cruz e sem Jesus
Humildade, mansidão e generosidade: este é o estilo cristão, um caminho que passa pela cruz, como fez Jesus, e é um caminho que leva à alegria. Esta foi, em síntese, a reflexão do Papa Francisco, na homilia desta quinta-feira, 6, na Casa Santa Marta.
O Santo Padre recorda as palavras de Jesus no Evangelho do dia: “Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz cada dia, e siga-me”. Segundo o Papa, esse é o “estilo cristão”, porque foi Jesus quem primeiro percorreu este caminho.
“Nós não podemos pensar a vida cristã fora deste caminho. Sempre há este caminho que Ele fez primeiro: o caminho da humildade, o caminho também da humilhação, de aniquilar a si mesmo e depois ressurgir. O estilo cristão sem a cruz não é cristão, e se a cruz é uma cruz sem Jesus, não é cristã.”
Jesus deu o primeiro exemplo, diz Francisco. Mesmo sendo igual a Deus, aniquilou-se, fez-se servo por todo o povo. Este estilo de vida é o que trará a salvação, conforme enfatiza o Santo Padre, dará alegria e tornará o homem fecundo. “Porque este caminho de renunciar a si mesmo é para dar vida, é contra o caminho do egoísmo”
O Pontífice lembrou que seguir Jesus é alegria, mas fazer isso com o estilo de Jesus, não com o estilo do mundo. Ele explicou que seguir o estilo cristão significa percorrer o caminho de Deus, cada um como pode, para dar vida aos outros, não para dar vida a si mesmo.
“No início da Quaresma, peçamos ao Senhor que nos ensine um pouco deste estilo cristão de serviço, de alegria, de aniquilação de nós mesmos e de fecundidade com Ele, como Ele a quer”.

Homilia do Papa na Celebração Eucarística de imposição das cinzas

Brasão do Papa
HOMILIA DO PAPA FRANCISCO
CELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA COM A BÊNÇÃO E IMPOSIÇÃO DAS CINZAS
Quarta-feira, 05 de março de 2014


“Rasgai o coração, e não as vestes” (Jl 2,13).
Com estas palavras penetrantes do profeta Joel, a liturgia nos introduz, hoje, na Quaresma, indicando, na conversão do coração, a característica deste  tempo de graça. O apelo profético constitui um desafio para todos nós, sem exceção, e nos lembra que a conversão não se reduz à formas exteriores ou em propósitos vagos, mas envolve e transforma toda a existência a partir do centro da pessoa, da consciência. Somos convidados a iniciar esse caminho, no qual, desafiando a rotina, nos esforçamos para abrir nossos olhos e ouvidos, mas especialmente o coração, para ir além do nosso “quintal”.
Abrir-se a Deus e aos outros. Vivemos em um mundo cada vez mais artificial, em uma cultura do “fazer”, do “útil”, na qual, sem perceber, excluímos Deus de nosso horizonte. A Quaresma nos convida a despertar, para nos lembrar que somos criaturas, que não somos Deus.
E também em relação aos outros , corremos o risco de nos fechar, de esquecê-los.  Mas só quando as dificuldades e os sofrimentos de nossos irmãos nos desafiam, só então podemos começar nosso caminho de conversão rumo à Páscoa. É um itinerário que inclui a cruz e a renúncia. O Evangelho de hoje mostra os elementos desta jornada espiritual: a oração, o jejum e a esmola (cf. Mt 6,1-6.16-18). Todos os três envolvem a necessidade de não ser dominado por coisas que aparecem: o que importa não é a aparência; e o valor da vida não depende da aprovação dos outros ou do sucesso, mas daquilo que temos dentro de nós.
O primeiro elemento é a oração. Ela é a força do cristão e de toda pessoa que crê. Na fraqueza e na fragilidade da nossa vida, podemos nos voltar para Deus, com a confiança de filhos, e entrar em comunhão com Ele. Diante de tantas feridas que nos fazem mal e poderiam endurecer o coração, somos chamados a mergulhar no mar da oração, que é o mar do amor sem limites de Deus, para desfrutar de sua ternura. A Quaresma é um tempo de oração, uma oração mais intensa, mais assídua, mais capaz de cuidar das necessidades dos irmãos, de interceder  junto a Deus por tantas situações de pobreza e sofrimento.
O segundo elemento qualificante do caminho quaresmal é o jejum. Devemos ter cuidado para não fazer um jejum formal ou que, na verdade, nos “sacia”, porque nos faz sentir justificados. O jejum faz sentido se, realmente, afeta a nossa segurança e também se consegue um benefício para os outros, se nos ajuda a crescer no espírito do Bom Samaritano, que se inclina sobre o seu irmão em necessidade e cuida dele. O jejum envolve a escolha de uma vida sóbria, que não desperdiça, que não descarta. O jejum ajuda-nos a treinar o coração na essencialidade na partilha. É um sinal de consciência e responsabilidade diante das injustiças, dos abusos, especialmente para com os pobres e os pequeninos, e é um sinal da confiança que depositamos em Deus e na Sua providência.
O terceiro elemento é a esmola: ela indica a gratuidade, porque a esmola é dada a alguém de quem não se pode esperar  nada em troca. A gratuidade deveria ser uma das características do cristão, que, consciente de ter recebido tudo de Deus livremente, isto é, sem qualquer mérito, aprende a dar aos outros gratuitamente. Hoje, muitas vezes, a gratuidade não faz parte da vida cotidiana, pois tudo é comprado e vendido. Tudo é cálculo e medição. A esmola ajuda-nos a viver a gratuidade do dom, que é a liberdade da obsessão pela posse, o medo de perder o que se tem, da tristeza daqueles que não querem compartilhar com os outros o seu próprio bem-estar.
Com seus apelos à conversão, a Quaresma, providencialmente, vem despertar-nos para sacudir-nos do torpor, do risco de avançar por inércia. A exortação que o Senhor nos faz, por meio do profeta Joel, é alta e clara: “Retornem para mim de todo o vosso coração” (Joel 2, 12). Por que devemos voltar para Deus? Porque algo está errado em nós, na sociedade, na Igreja. Nós precisamos de mudança, de uma transformação, precisamos nos converter! Mais uma vez, a Quaresma vem dirigir-nos um apelo profético para nos lembrar de que é possível realizar algo novo em  nós mesmos e ao nosso redor, simplesmente porque Deus é fiel, continua a ser cheio de bondade e misericórdia, e está sempre pronto a perdoar e recomeçar. Com esta confiança filial, coloquemo-nos a caminho!

Quaresma nos oferece a oportunidade de recomeçar, diz Papa

Francisco apontou a oração, o jejum e a esmola como itinerário espiritual para a Quaresma

Quaresma nos oferece a oportunidade de recomeçar, diz Papa
O Papa Francisco celebrou, nesta quarta-feira, 5, a Missa de Imposição das Cinzas na Basílica Santa Sabina, em Roma. Antes da celebração, o Pontífice presidiu uma procissão penitencial, partindo da Basílica de Santo Anselmo, a 200 metros da Basílica onde realizou a Celebração Eucarística.
Na breve homilia, Francisco destacou que a Quaresma é um tempo para  se deparar com a própria fragilidade e iniciar um caminho de conversão. “A Quaresma nos convida a despertar, a nos lembrarmos de que somos criaturas, e não somos Deus”, disse o Papa.
O Papa afirmou ser necessário seguir um itinerário espiritual que compreende a cruz e a renúncia. Ele destacou a liturgia do dia, apontando, como passos concretos deste tempo quaresmal,  a oração, o jejum e a esmola.
Quaresma nos oferece a oportunidade de recomeçar, diz Papa
Francisco apontou a oração como a força de todo cristão e de todo aquele que crê.
“Na fraqueza e na fragilidade da nossa vida, podemos voltar para Deus com a confiança de filhos  e entrar em comunhão com Ele. Diante de tantas feridas que nos fazem mal (…), somos chamados a mergulhar no mar da oração, que é o mar do amor sem limites de Deus”, afirmou.
De acordo com o Pontífice, ao praticar o jejum, o cristão deve estar atento para não o viver como uma prática formal, a fim de se sentir justificado diante de Deus. O Pontífice apontou o jejum como uma escolha sóbria, que não desperdiça nada, mas ajuda a “treinar o coração” à partilha.
“O jejum tem sentido se, realmente, atinge a nossa segurança, também quando oferece benefícios  aos outros, se nos ajuda a crescer no espírito do Bom Samaritano, que se inclina sobre o seu irmão em dificuldade  e cuida dele”, ensinou o Papa.
Quaresma nos oferece a oportunidade de recomeçar, diz Papa
Para Francisco, a esmola significa gratuidade, pois ela é oferecida ao necessitado  sem esperar nada em troca. “A gratuidade deve ser uma das características do cristão, que, consciente de ter recebido tudo de Deus gratuitamente , sem qualquer mérito, aprende a dar aos outros também de forma gratuita”, declarou.
Por fim, o Pontífice destacou que a Quaresma dirige a todos um apelo profético de renovação e  recorda a possibilidade de realizar algo novo para si mesmo, mas também para os outros. “Simplesmente, porque Deus é fiel, continua a ser rico em bondade e misericórdia, sempre pronto a nos perdoar e nos levar a recomeçar”, concluiu.
Após a homilia, o Santo Padre presidiu o rito de imposição das cinzas.
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