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Papa cancela visita ao Seminário Maior por motivo de saúde

O Papa foi aconselhado pelos médicos a cancelar a visita e repousar
Papa cancela visita ao Seminário Maior por motivo de saúde
Visita ao Seminário será remarcada / Foto: L´osservatore Romano
O porta-voz do Vaticano, Padre Federico Lombardi, informou que a visita do Papa Francisco ao Seminário Maior de Roma, que ocorreria no final da tarde desta sexta-feira, 28, foi cancelada devido a “uma pequena indisposição de Papa Francisco, que está com um pouco de febre e foi aconselhado pelos médicos a repousar”.
Francisco visitaria os seminaristas às 18h00 (horário de Roma) e após um breve discurso, responderia perguntas espontâneas dos religiosos. Segundo Padre Lombardi, a visita será remarcada em breve.
O Seminário Maior de Roma foi criado oficialmente em 1º de fevereiro de 1565, durante o Concílio Ecumênico de Trento. No momento da criação, o Seminário foi entregue à administração dos religiosos jesuítas. O atual reitor é o sacerdote romano, Padre Concetto Occhipinti.

Papa recebe família de jovem sacerdote morto há dois meses

Padre Fabrizio faleceu após dois anos de luta contra um raro tipo de tumor no coração. Sacerdote encontrou-se com o Papa no ano passado
Fabrizio Michino
Padre Fabrizio Michino foi recebido por Francisco em outubro passado / Foto: Rádio Vaticano
O Papa Francisco recebeu, na Casa Santa Marta, a família do padre Fabrizio de Michino, jovem sacerdote de Nápoles falecido há dois meses. Em outubro passado, muito doente, Padre  Fabrizio encontrou-se com  Papa e concelebrou a Missa matinal.
“Mostramos ao Pontífice a foto de quando Padre Fabrizio esteve na Casa Santa Marta e recebeu a sua bênção”, disse o irmão, Fabio Michino, recebido pelo Papa, nesta quinta-feira, 27.  Fábio conta que a mãe, Carmela Michino, estava muito emocionada e não conseguiu falar.
“O Papa a abraçou e a abençoou; foi um encontro breve, mas significativo e cheio de amor. Nunca nos esqueceremos”, disse ainda Fábio.
Quando se encontrou com o Papa, o jovem sacerdote entregou a ele uma carta contando sobre a sua enfermidade e oferecendo seus sofrimentos “pelo bem da Igreja”. Desde 2010, Fabrizio lutava contra um raro tipo de tumor no coração com metástases no fígado e hiato.
“Nesses anos nada fáceis, nunca perdi a alegria de ser um anunciador do Evangelho. Embora o cansaço, constato que esta força não vem de mim, mas de Deus”, escreveu o sacerdote.
A carta do jovem padre comoveu o Pontífice, que, ao saber de sua morte, convidou os familiares para a Missa em sua casa, a fim de “conhecer a mulher que doou um filho à Igreja”. Foram recebidos pelo Papa,  a mãe do sacerdote, Senhora Carmela; o irmão Fábio; e um amigo da família, Padre Aniello de Luca.
Fabrizio Michino
Padre Fabrizio Michino foi recebido por Francisco em outubro passado / Foto: Rádio Vaticano
O Papa Francisco recebeu, na Casa Santa Marta, a família do padre Fabrizio de Michino, jovem sacerdote de Nápoles falecido há dois meses. Em outubro passado, muito doente, Padre  Fabrizio encontrou-se com  Papa e concelebrou a Missa matinal.
“Mostramos ao Pontífice a foto de quando Padre Fabrizio esteve na Casa Santa Marta e recebeu a sua bênção”, disse o irmão, Fabio Michino, recebido pelo Papa, nesta quinta-feira, 27.  Fábio conta que a mãe, Carmela Michino, estava muito emocionada e não conseguiu falar.
“O Papa a abraçou e a abençoou; foi um encontro breve, mas significativo e cheio de amor. Nunca nos esqueceremos”, disse ainda Fábio.
Quando se encontrou com o Papa, o jovem sacerdote entregou a ele uma carta contando sobre a sua enfermidade e oferecendo seus sofrimentos “pelo bem da Igreja”. Desde 2010, Fabrizio lutava contra um raro tipo de tumor no coração com metástases no fígado e hiato.
“Nesses anos nada fáceis, nunca perdi a alegria de ser um anunciador do Evangelho. Embora o cansaço, constato que esta força não vem de mim, mas de Deus”, escreveu o sacerdote.
A carta do jovem padre comoveu o Pontífice, que, ao saber de sua morte, convidou os familiares para a Missa em sua casa, a fim de “conhecer a mulher que doou um filho à Igreja”. Foram recebidos pelo Papa,  a mãe do sacerdote, Senhora Carmela; o irmão Fábio; e um amigo da família, Padre Aniello de Luca.

Papa destaca três atitudes que a Igreja deve ter com os jovens

Para Francisco, o acolhimento, o diálogo e o convite ao seguimento de Cristo devem estar presente na relação da Igreja e dos seus pastores com os jovens
“A Igreja quer imitar Jesus ao abordar os jovens”. Ela “está convencida de que o melhor Mestre para os jovens é Jesus Cristo”, destacou o Papa Francisco ao receber, nesta sexta-feira, 28, no Vaticano, os membros da Comissão Pontifícia para a América Latina, na conclusão da sua assembleia anual, dedicada em grande parte a uma reflexão sobre a JMJ do Rio de Janeiro, de julho passado.
Partindo do episódio do jovem rico, que se encontrou com Jesus, o Santo Padre referiu três momentos e atitudes, na relação da Igreja e dos seus pastores com os jovens de hoje, a começar pelo acolhimento.
“O acolhimento: é este o primeiro gesto de Jesus e também o nosso”. “Cristo deteve-se com aquele jovem, olhou-o com afeto, com muito amor. É o abraço da caridade sem condições”.
“Depois, Jesus entabulou um diálogo franco e cordial com aquele jovem.” Jesus escutou as suas inquietações e clarificou-as à luz da Sagrada Escritura. Ele não começa por condenar, não tem preconceitos.“Os jovens têm de se sentir em casa, na Igreja.” Há que lhes abrir as portas; mais ainda, há que sair em busca deles, dando-lhes espaço para que se sintam escutados.
“Finalmente, Jesus convida aquele jovem a segui-Lo”. “Cristo – observou o Papa – não é um personagem de romance, é uma pessoa viva que quer partilhar esse desejo irrenunciável que eles (os jovens) têm de vida, de compromisso, de entrega”.
“A Igreja na América Latina não pode dispersar o tesouro da sua juventude, com todas as suas potencialidades para o crescimento da sociedade, com as suas grandes aspirações a forjar uma grande família de irmãos reconciliados no amor”.
Para além da Comissão para a América Latina, o Santo Padre recebeu, nesta manhã, em audiências sucessivas, mais catorze bispos espanhóis, das províncias eclesiásticas de Madrid e Valência, liderados pelos respectivos arcebispos metropolitas, o cardeal Rouco Varela e D. Carlos Sierra.
Ainda nesta sexta-feira, ao fim da tarde, o Papa Francisco se deslocou ao Seminário Maior de Roma, junto à Basílica de São João de Latrão, por ocasião da festa da padroeira, Nossa Senhora da Confiança.

Acompanhar, e não condenar, quem fracassou no amor, pede Papa

Em homilia, nesta manhã, Santo Padre falou da beleza do matrimônio
Acompanhar, não condenar, quem fracassou no amor, pede PapapNa homilia desta sexta-feira, 28, na Casa Santa Marta, Papa Francisco concentrou-se na beleza do matrimônio, advertindo que é preciso acompanhar, e não condenar, quem experimentou o fracasso no amor. Ele também enfatizou que Cristo é o Esposo da Igreja e, assim sendo, não se pode entender um sem o Outro.
A reflexão partiu do Evangelho do dia, no qual os fariseus questionam Jesus sobre o divórcio. Trata-se de uma armadilha para Jesus, a fim de tirar Sua autoridade moral, explicou Francisco. “Esta é a armadilha: por trás da casuística* sempre há uma armadilha. Sempre! Contra o povo, contra nós e contra Deus, sempre! ‘Mas é permitido fazer isso? Divorciar-se da própria mulher?’”.
A resposta de Jesus, conforme explicou Francisco, vai além da casuística, atinge o centro do problema. Jesus remete aos dias da criação, à “obra-prima da criação”, lembrando que Deus fez o homem e a mulher para que se unissem e formassem uma só carne.
“O Senhor toma este amor da obra-prima da criação para explicar o amor que tem pelo Seu povo. E um passo a mais: quando Paulo precisa explicar o mistério de Cristo, o faz em relação, em referência à Sua Esposa: porque Cristo se casou com a Igreja, o Seu povo”.
Esta é, segundo Francisco, a história do amor, da obra-prima da criação. Mas quando esse “fazer-se uma só carne” falha, porque muitas vezes isso acontece, o Papa disse que é preciso sentir essa dor do fracasso e acompanhar quem sofre com essa situação. “Acompanhar aquelas pessoas que tiveram esse fracasso no próprio amor. Não condenar! Caminhar com eles!”.
Quando alguém lê a reflexão do Pontífice, pensa neste plano de amor, neste caminho de amor do matrimônio cristão, que Deus abençoou na obra-prima da Sua criação.
“Quando alguém pensa nisso, vê quão belo é o amor, quão belo é o matrimônio, quão bela é a família, quão belo é este caminho e quanto amor também nós devemos ter pelos irmãos e irmãs que, na vida, tiveram o infortúnio de um fracasso no amor”.
Referindo-se, por fim, a São Paulo, Papa Francisco destacou a beleza do amor que Cristo tem pela sua Esposa, a Igreja.
“Também aqui devemos estar atentos para que não falhe o amor. Cristo esposou a Igreja! Não se pode entender Cristo sem a Igreja e não se pode entender a Igreja sem Ele. Este é o grande mistério da obra-prima da criação. Que o Senhor dê a todos nós a graça de entendê-Lo e também a graça de nunca cairmos nesses comportamentos casuísticos dos fariseus, dos doutores da lei”.
* Casuística: termo usado para denotar raciocínios morais desviantes construídos para justificar ações que são moralmente duvidosas.

Igreja precisa ser uma escola de comunhão, diz Francisco

Francisco destaca que o testemunho da unidade é necessário para a eficácia da evangelização da Igreja
A Igreja precisa ser uma escola de comunhão, diz Francisco
Francisco aponta a importância do testemunho da unidade 
O Papa Francisco recebeu, nesta quinta-feira, 27, os bispos do grupo “Amigos do Movimento dos Focolares”. Os 77 bispos, vindos de diversas partes do mundo, estão participando do encontro anual dos focolarinos em Castelgandolfo, Itália.
No discurso, Francisco falou sobre a  reciprocidade do amor necessária entre os discípulos de Cristo e destacou a riqueza do carisma vivido pelos focolares neste chamado.
“Esta partilha de experiências espirituais e pastorais, na perspectiva do carisma da unidade, é uma coisa boa, uma oportunidade de convivência fraterna que vocês, como bispos, são chamados a levar a esses encontros.  Trata-se de um amplo respiro da Igreja que faz com que, o que vocês recebem, seja colocado a serviço de toda a Igreja”, disse o Papa.
Segundo o Pontífice,  a sociedade de hoje tem grande necessidade de um estilo de vida que transpareça a novidade de Jesus: “querer-se bem, apesar das diferenças de caráter, de proveniência e idade”.
“Quando uma pessoa sente a necessidade da reciprocidade do amor entre os discípulos de Cristo, é capaz de transformar a qualidade das relações interpessoais e chamada a redescobrir a Cristo; assim, abre-se ao encontro de Jesus, vivo e atuante, e sente a força de sair de si mesma para ir ao encontro dos outros, para propagar a esperança, que recebeu como dom”, ensinou o Papa.
Francisco apontou a necessidade de fazer da Igreja uma “casa e uma escola de comunhão”, alertando que isso é necessário para a eficácia de toda a obra de evangelização.
Cultivar a espiritualidade de comunhão contribui ainda, recordou Papa, para tornar as pessoas capazes de percorrer o caminho ecumênico e o diálogo inter-religioso.
O Papa Francisco concluiu seu discurso desejando que o encontro possa ser uma ocasião propícia para crescer no espírito da colegialidade e para receber, do amor recíproco, encorajamento e esperança renovados.

Celebrações presididas pelo Papa nos próximos dois meses

Programação inclui visitas a paróquias romanas e celebrações na Semana Santa
Celebrações presididas pelo Papa nos próximos dois mesesO Vaticano publicou, nesta quinta-feira, 27, o calendário das celebrações presididas pelo Papa Francisco nos meses de março e abril.
No calendário, constam as celebrações da Semana Santa e as visitas pastorais a paróquias em Roma. Confira abaixo a programação completa.
Março
Quarta-feira, 5
Basílica de Santo Anselmo, 16h30
Procissão penitencial
Basílica de Santa Sabina, 17h
Santa Missa, bênção e imposição das cinzas
Domingo, 9
I Domingo da Quaresma
Ariccia
Início dos exercícios espirituais para a Cúria Romana
Sexta-feira, 14
Conclusão dos exercícios espirituais para a Cúria Romana
Domingo, 16
Visita pastoral à paróquia romana “Santa Maria da Oração”, 16h
Sexta-feira, 28
Basílica Vaticana
Liturgia penitencial, 17h
Abril
Domingo, 6
Visita pastoral a uma paróquia romana, 16h
Domingo, 13
Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor
Praça São Pedro, 9h30
Capela Papal
Bênção dos ramos, procissão e Santa Missa
Quinta-feira, 17
Quinta-Feira Santa
Basílica Vaticana, 9h30
Santa Missa do Crisma
Sexta-feira, 18
Sexta-Feira Santa
Basílica Vaticana, 17h
Capela Papal
Celebração da Paixão do Senhor
Coliseu, 21h15
Via-sacra
Sábado, 19
Basílica Vaticana, 20h30
Capela Papal
Vigília na Noite Santa
Domingo de Páscoa, 20
Praça São Pedro, 10h15
Capela Papal
Santa Missa do dia
Balcão central da Basílica Vaticana, 12h
Bênção “Urbi et Orbi”
Domingo, 27
II Domingo de Páscoa (ou da Divina Misericórdia)
Praça São Pedro, 10h
Capela Papal
Santa Missa e Canonização dos Beatos:
- João XXIII, Papa
- João Paulo II, Papa

Papa destaca necessidade de coerência cristã

Francisco enfatizou que cristãos incoerentes causam escândalos e os escândalos matam
Papa destaca necessidade de coerência cristãO cristão incoerente causa escândalo e o escândalo mata. Essas são palavras do Papa Francisco, na Missa desta quinta-feira, 27, na Missa na Casa Santa Marta.
Citando o sacramento da Crisma, o Papa explicou que quem recebe este sacramento manifesta o seu desejo de ser cristão, o que significa dar testemunho de Jesus Cristo. Trata-se de uma pessoa que pensa, sente e age como cristão, é coerente como um cristão.
O Papa observou que, às vezes, alguém pode até dizer que tem fé, mas se faltar essa coerência, não há o Cristianismo; e os cristãos que vivem na incoerência fazem muito mal, segundo Francisco.
“Ouvimos o que o apóstolo São Tiago disse a alguns incoerentes que se gabavam por ser cristãos, mas escravizavam seus funcionários (…). É forte o Senhor. Se alguém ouve isso, pode pensar: ‘Mas isto foi dito por um comunista!’. Não, não, foi dito pelo apóstolo Tiago! É a Palavra do Senhor”, disse o Papa, acrescentando que quando não há coerência cristã se vive com essa incoerência, faz-se o escândalo.
“Se você se encontra diante de um ateu e ele lhe diz que não acredita em Deus, você pode ler para ele uma biblioteca, que diz da existência de Deus e também lhe provar que o Senhor existe, mas ele não terá fé. Mas se, diante deste ateu, você der testemunho de coerência de vida cristã, algo começará a trabalhar no coração dele. Será justamente o seu testemunho que o levará a essa inquietude sobre a qual trabalha o Espírito Santo. É uma graça que todos nós, toda a Igreja deve pedir: ‘Senhor, que sejamos coerentes’”.
Na conclusão da homilia, Francisco ressaltou que para viver na coerência cristã é necessária a oração, porque a coerência cristã é um dom de Deus que se deve pedir. E se o homem cai por causa de sua fraqueza, ele precisa pedir perdão ao Senhor.
“Todos somos pecadores, mas todos temos a capacidade de pedir perdão. Deus nunca se cansa de perdoar! Temos de ter a humildade de pedir perdão – ‘Senhor, não fui coerente aqui. Perdão!’ –, de seguir adiante na vida, com coerência cristã, com o testemunho daquele que acredita em Jesus Cristo, sabe que é pecador, mas tem a coragem de pedir perdão quando erra e tem tanto medo de escandalizar. O Senhor dê esta graça a todos nós”.

Papa traça perfil que os fiéis esperam dos bispos

Francisco presidiu nesta quinta-feira, 27, a reunião da Congregação para os Bispos
Papa traça perfil que os fiéis esperam dos bisposO Papa Francisco presidiu nesta quinta-feira, 27, no Vaticano, a reunião da Congregação para os Bispos, organismo da Cúria Romana, e disse que quer ver “pastores” que respondam às necessidades das dioceses.
“Temos necessidade de alguém que nos vigie do alto, temos necessidade de alguém que nos olhe com a largura do coração de Deus: não nos serve um ‘manager’ (gerente), um administrador delegado de uma empresa, muito menos alguém que esteja ao nível da nossa pequenez ou pequenas pretensões”, disse, fazendo-se eco das comunidades católicas, em relação aos bispos.
O Papa retomou as observações sobre os candidatos ao episcopado que tinha deixado num encontro com os núncios (representantes diplomáticos da Santa Sé), em junho de 2013, nas quais defendia que os bispos têm que ser pessoas “que amem a pobreza, interior como liberdade para o Senhor e também exterior, como simplicidade e austeridade de vida, que não sigam uma psicologia de ‘príncipes’”, evitando qualquer ambição por esta missão.
“Reafirmo que a Igreja tem necessidade de verdadeiros pastores”, disse hoje.
Defensores da Doutrina
Francisco, que em setembro do último ano tinha falado em ‘bispos de aeroporto’, reafirmou esta manhã a importância da “assiduidade e cotidianidade” nesta missão.
“Penso que neste tempo de encontros e de congressos é muito atual o decreto de residência do Concílio de Trento [século XVI]: é muito atual e seria bom que a Congregação dos Bispos escrevesse alguma coisa sobre isso”, declarou.
Papa traça perfil que os fiéis esperam dos bisposA intervenção passou em revista a evolução histórica da figura dos bispos e sustentou que “as pessoas já conhecem com sofrimento a experiência de muitas rupturas e têm necessidade de encontrar na Igreja a permanência indelével da graça do princípio”.
Francisco observou que o perfil de um bispo não se cinge à “soma” das suas virtudes e que a escolha de novos responsáveis diocesanos deve recair sobre pessoas “pacientes”, que sejam “defensores da doutrina”.
“Não para medir quão distante vive o mundo da verdade que ela [doutrina] tem, mas para fascinar o mundo, para o encantar com a beleza do amor, para o seduzir com a oferta da liberdade dada pelo Evangelho”, precisou.
Orientados pelo Espírito Santo
Segundo o Papa, a Congregação para os Bispos tem como missão “identificar os que o próprio Espírito Santo coloca na frente da sua Igreja”, tendo em mente as “necessidades das Igrejas particulares”.
“Temos de ir para além das nossas eventuais preferências, simpatias, pertenças ou tendências para entrar na largura do horizonte de Deus e encontrar estes portadores do seu olhar do alto”, prosseguiu.
Francisco deixou votos de que os membros da Congregação sejam marcados pelo “profissionalismo, serviço e santidade de vida”.

Discurso do Papa aos Bispos “Amigos do Movimento dos Focolares”

Brasão do PapaDISCURSO
Encontro do Papa Francisco com os Bispos “Amigos do Movimento dos Focolares”
Quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014
Querido irmãos, bem-vindos !
O tema deste ano é “A reciprocidade do amor entre os discípulos de Cristo”, um tema que ecoa o mandamento novo dado por Jesus aos seus discípulos. É uma coisa boa a oportunidade de uma convivência fraterna, em que você pode compartilhar experiências espirituais e pastorais a partir da perspectiva do carisma da unidade. Como Bispos, vocês são  chamados a levar a essas reuniões o amplo respiro  da Igreja, e fazer que aquilo que recebem seja para o benefício de toda a Igreja.
A sociedade de hoje tem uma grande necessidade do testemunho de um estilo de vida que transpareça a novidade que  nos foi dada pelo Senhor Jesus: irmãos que se amam, apesar das diferenças de caráter, de idade… Este testemunho dá origem ao desejo de ser envolvido na grande parábola de comunhão que é a Igreja. Quando uma pessoa sente que “a reciprocidade do amor entre os discípulos de Cristo” é possível e é capaz de transformar a qualidade das relações interpessoais, sente-se então, chamada para descobrir ou redescobrir Cristo, abrindo-se ao encontro com Ele, vivo e operante, é estimulado a sair de si  para ir em direção dos outros e difundir a esperança  que  recebeu como dom.
Na Carta Apostólica  Novo Millennio Ineunte,  o Beato João Paulo II escreve: “Fazer da Igreja a casa e a escola da comunhão, eis o grande desafio que nos espera no milênio que começa, se quisermos ser fiéis ao desígnio de Deus e corresponder às expectativas mais profundas do mundo”.
Ele acrescenta: “Antes de programar iniciativas concretas, é preciso promover uma espiritualidade da comunhão, fazendo-a surgir como princípio educativo em todos os lugares em que se forma o homem e o cristão, onde se educam os  ministros do altar, os consagrados, os operadores pastorais, onde são construídas as famílias e as comunidades”.
“Fazer da Igreja a casa e a escola da comunhão” é realmente fundamental para a eficácia de qualquer  empenho na evangelização, enquanto revela o profundo desejo do Pai: que todos os seus filhos vivam como irmãos. Da mesma  forma, revela a vontade do coração de Cristo: que todos sejam um (Jo 17,21),  e revela o dinamismo do Espírito Santo, a sua força de atração livre e libertadora. Cultivar a espiritualidade de comunhão também ajuda a tornar-nos mais capazes de viver o diálogo ecumênico e inter-religioso.
Queridos irmãos, obrigado pela visita! Faço votos de que o congresso seja uma ocasião propícia para crescer no espírito de colegialidade, e para buscar no amor recíproco um motivo de encorajamento e esperança renovada. A Virgem Maria vos acompanhe e os apoie no vosso ministério. Eu confio  em  vossas orações e asseguro as minhas. Abençoo a todos vocês e as comunidades que vos foram confiadas.

Papa envia carta às famílias: “rezem pelo Sínodo”

Francisco destaca que a oração das famílias pelo Sínodo dos Bispos será um tesouro precioso que enriquecerá a Igreja

Papa envia carta às famílias: "rezem pelo Sínodo"
O Vaticano publicou, nesta terça-feira, 25, uma carta do Papa Francisco às famílias de todo o mundo. O Santo Padre pede que as famílias rezem pela assembleia geral extraordinária do Sínodo dos Bispos, a ser realizada, em outubro, com o tema “Os desafios pastorais sobre a família no contexto da evangelização”.
O Papa lembra que o evento envolve todo o povo de Deus, desde bispos a fiéis leigos; além de pessoas que já trabalham na preparação do Sínodo com sugestões concretas. O Santo Padre também conta com a ajuda indispensável de orações. “O apoio da oração é muito necessário e significativo, especialmente da vossa parte, queridas famílias”.
Após esta assembleia sinodal, haverá a assembleia ordinária, em 2015, ainda sobre o tema da família. Também em 2015 será realizado o Encontro Mundial das Famílias, na cidade de Filadélfia (EUA).
“Por isso, unamo-nos todos em oração para que a Igreja realize, por meio destes acontecimentos, um verdadeiro caminho de discernimento e adote os meios pastorais adequados para ajudar as famílias a enfrentar os desafios atuais com a luz e a força que provêm do Evangelho”.
Embora publicada hoje, a carta do Papa foi escrita em 2 de fevereiro, festa da Apresentação de Jesus no templo. Desse acontecimento, Francisco recorda a riqueza do encontro de gerações, já que havia o jovem casal Maria e José e os idosos Simeão e Ana. “É uma imagem bela: um casal de pais jovens e duas pessoas idosas reunidos por causa de Jesus. Verdadeiramente, Jesus faz com que as gerações se encontrem e se unam!”
Francisco recorda na carta que, em família, há vários momentos de partilha, mas falta o amor, falta a alegria. “Queridas famílias, a vossa oração pelo Sínodo dos Bispos será um tesouro precioso que enriquecerá a Igreja”, finaliza o Santo Padre.

Não se acostumem ao escândalo da guerra, pede Papa

Francisco enfatizou necessidade de paz, lembrando a realidade de crianças que sofrem com a fome nos campos de refugiados

Não se acostumem ao escândalo da guerra, pede PapaCrianças famintas estão nos campos de refugiados, enquanto os fabricantes de armas dão festa em salões. Esta foi a imagem forte que o Papa Francisco evocou na Missa, desta terça-feira, 25, na Casa Santa Marta. Toda a homilia do Santo Padre foi um apelo pela paz e contra todo tipo de guerra no mundo ou na família.
Francisco enfatizou que a paz não pode ser só uma “palavra” e exortou todos os cristãos a não se acostumarem com o escândalo da guerra. Partindo da Carta de São Tiago, na Primeira Leitura do dia, o Papa condenou todas as guerras, que surgem quando os corações se afastam de Deus.
“Todos os dias, nos jornais, encontramos guerras”, constatou Francisco, acrescentando que os mortos em conflitos parecem fazer parte de uma contabilidade diária. O homem se acostumou a ler coisas desse tipo e parece que o espírito da guerra tomou conta dele. Segundo o Papa, hoje a situação de conflitos permanece a mesma, só que, em vez de uma grande guerra, há pequenas guerras em todos os lugares, povos divididos.
“As guerras, o ódio, a inimizade não são comprados no mercado: estão aqui, no coração”, disse Francisco. Ele recordou que a história de Caim e Abel causava escândalo quando ensinada no catecismo às crianças, não se podia aceitar que um irmão matasse o outro. Hoje, porém, milhões de irmãos se matam entre si e o ser humano está acostumado com isso.
“A Primeira Guerra Mundial nos escandaliza, mas esta grande guerra, um pouco em todo lugar, um pouco escondida, não nos escandaliza! E morre tanta gente por um pedaço de terra, por uma ambição, por ódio”.
Francisco ressaltou ainda uma situação curiosa: diante de um conflito, tenta-se resolvê-lo brigando, com a linguagem da guerra, sem pensar primeiro em uma linguagem de paz.
“As consequências? Pensem nas crianças famintas nos campos de refugiados… Pensem somente nisto: este é o fruto da guerra! E se querem, pensem nos grandes salões, nas festas que fazem aqueles que são os patrões das indústrias de armas, que fabricam as armas. A criança doente, faminta, um campo de refugiados e as grandes festas”.
Este espírito de guerra, que afasta o homem de Deus, está também nas casas, lembrou o Santo Padre. Ele citou como exemplo tantas famílias em que pai e mãe não são capazes de encontrar o caminho da paz e preferem fazer a guerra.
“Hoje, proponho a vocês rezar pela paz (…) Os vossos risos – disse retomando o apóstolo Tiago – se transformem em luto e a vossa alegria em tristeza. Isso é o que deve fazer, hoje, 25 de fevereiro, um cristão diante de tantas guerras, em todo lugar: chorar, estar de luto, humilhar-se. O Senhor nos faça entender isso e nos salve de nos acostumarmos com as notícias de guerra”.

Conta do Papa no Twitter bate novo recorde

Twitter em espanhol tem o maior número de seguidores, com 4,9 milhões de pessoas

Conta do Papa no Twitter bate novo recorde 
A conta do Papa Francisco, no Twitter – @Pontifex -, atingiu a marca de 12 milhões de seguidores, 959 mil dos quais em língua portuguesa.
Desde o início de seu Pontificado, em 19 de março de 2013, Francisco enviou mais de 260 mensagens em português pelo “‏@Pontifex_pt”, resumindo catequeses, homilias e pensamentos.
A língua em que o Papa mais é seguido é o espanhol, com 4,9 milhões de seguidores. Em inglês são 3,6 milhões e em italiano, 1 milhão e meio.
Em língua francesa, os seguidores são mais de 243 mil, em latim 218 mil, polonês 188 mil, alemão 174 mil e árabe 113 mil.
A iniciativa foi lançada por Bento XVI em dezembro de 2012. Ao renunciar, três meses depois, contava mais de três milhões. Atualmente, o número de seguidores quadruplicou.
Twitter é uma rede social e servidora para microblogging criada em 2006, que permite aos usuários enviar e receber atualizações pessoais de outros contatos (em textos de até 140 caracteres, conhecidos como “tweets”).

Carta do Papa Francisco às Famílias – 25/02/14

Brasão do Papa 
MENSAGEM
Carta do Papa Francisco às Famílias
Terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Queridas famílias,
Apresento-me à porta da vossa casa para vos falar de um acontecimento que vai realizar-se, como é sabido, no próximo mês de Outubro, no Vaticano: trata-se da Assembleia geral extraordinária do Sínodo dos Bispos, convocada para discutir o tema «Os desafios pastorais sobre a família no contexto da evangelização». Efetivamente, hoje, a Igreja é chamada a anunciar o Evangelho, enfrentando também as novas urgências pastorais que dizem respeito à família.
Este importante encontro envolve todo o Povo de Deus: Bispos, sacerdotes, pessoas consagradas e fiéis leigos das Igrejas particulares do mundo inteiro, que participam ativamente, na sua preparação, com sugestões concretas e com a ajuda indispensável da oração. O apoio da oração é muito necessário e significativo, especialmente da vossa parte, queridas famílias; na verdade, esta Assembleia sinodal é dedicada de modo especial a vós, à vossa vocação e missão na Igreja e na sociedade, aos problemas do matrimônio, da vida familiar, da educação dos filhos, e ao papel das famílias na missão da Igreja. Por isso, peço-vos para invocardes intensamente o Espírito Santo, a fim de que ilumine os Padres sinodais e os guie na sua exigente tarefa. Como sabeis, a esta Assembleia sinodal extraordinária, seguir-se-á – um ano depois – a Assembleia ordinária, que desenvolverá o mesmo tema da família. E, neste mesmo contexto, realizar-se-á o Encontro Mundial das Famílias, na cidade de Filadélfia, em setembro de 2015. Por isso, unamo-nos todos em oração para que a Igreja realize, através destes acontecimentos, um verdadeiro caminho de discernimento e adote os meios pastorais adequados para ajudarem as famílias a enfrentar os desafios atuais com a luz e a força que provêm do Evangelho.
Estou a escrever-vos esta carta no dia em que se celebra a festa da Apresentação de Jesus no templo. O evangelista Lucas conta que Nossa Senhora e São José, de acordo com a Lei de Moisés, levaram o Menino ao templo para oferecê-Lo ao Senhor e, nessa ocasião, duas pessoas idosas – Simeão e Ana –, movidas pelo Espírito Santo, foram ter com eles e reconheceram em Jesus o Messias (cf. Lc 2, 22-38). Simeão tomou-O nos braços e agradeceu a Deus, porque tinha finalmente «visto» a salvação; Ana, apesar da sua idade avançada, encheu-se de novo vigor e pôs-se a falar a todos do Menino. É uma imagem bela: um casal de pais jovens e duas pessoas idosas, reunidos devido a Jesus. Verdadeiramente Jesus faz com que as gerações se encontrem e unam! Ele é a fonte inesgotável daquele amor que vence todo o isolamento, toda a solidão, toda a tristeza. No vosso caminho familiar, partilhais tantos momentos belos: as refeições, o descanso, o trabalho em casa, a diversão, a oração, as viagens e as peregrinações, as ações de solidariedade… Todavia, se falta o amor, falta a alegria; e Jesus é quem nos dá o amor autêntico: oferece-nos a sua Palavra, que ilumina a nossa estrada; dá-nos o Pão de vida, que sustenta a labuta diária do nosso caminho.
Queridas famílias, a vossa oração pelo Sínodo dos Bispos será um tesouro precioso que enriquecerá a Igreja. Eu vo-la agradeço e peço que rezeis também por mim, para que possa servir o Povo de Deus na verdade e na caridade. A proteção da Bem-Aventurada Virgem Maria e de São José acompanhe sempre a todos vós e vos ajude a caminhar unidos no amor e no serviço recíproco. De coração invoco sobre cada família a bênção do Senhor.

Vaticano, 2 de Fevereiro – festa da Apresentação do Senhor – de 2014.

FRANCISCUS

Papa institui secretaria para assuntos econômicos da Santa Sé

Comunicado pede ao Prefeito da nova Secretaria para a Economia, que  inicie o seu trabalho o mais rápido possível
O Papa Francisco constituiu uma nova estrutura de coordenação para os negócios econômicos e administrativos da Santa Sé e do Estado da Cidade do Vaticano. Anúncio foi feito nesta segunda-feira, 24, pela Sala de Imprensa da Santa Sé.
O Pontífice aceitou a  proposta de modificações feita pela Comissão Referente de Estudo e Endereço sobre a Organização Administrativa da Santa Sé (COSEA). Segundo comunicado oficial, a sugestão também foi analisada pelo “Conselho de Cardeais” e o “Grupo de 15 Cardeais”, que auxiliam o Papa na reforma da Cúria, e ambos deram parecer positivos às modificações.
O Comunicado apresenta detalhadamente  as modificações:
1- A instituição de uma nova Secretaria para a Economia, que terá autoridade sobre todas as atividades  econômicas e administrativas no interior da Santa Sé e do Estado da Cidade do Vaticano. A Secretaria será responsável, entre outras coisas, pela preparação de um orçamento anual para a Santa Sé e o Estado da Cidade do Vaticano, bem como um planejamento financeiro e  várias funções de apoio, como na questão de recursos humanos e compras. A Secretaria também irá preparar  um balanço detalhado da Santa Sé e do Estado da Cidade do Vaticano.
2- A Secretaria para a Economia irá colocar em prática as diretrizes formuladas pelo Conselho de Economia: um Conselho de 15 membros, composto por oito Cardeais ou Bispos, que reflete a universalidade da Igreja, e sete especialistas leigos de várias nacionalidades com competência em assuntos financeiros e profissionalismo reconhecido. O Conselho se reunirá periodicamente para avaliar as diretrizes e práticas concretas, e preparar e analisar relatórios sobre as atividades econômicas e administrativas da Santa Sé.
3 – A Secretaria para Economia será dirigida por um Cardeal Prefeito, que estará submetido ao Conselho de Economia. Um Secretário-Geral irá colaborar com o Cardeal Prefeito na gestão das atividades diárias.
4- O Santo Padre nomeou o Cardeal George Pell, atual arcebispo de Sidinei, Austrália, como prefeito da Secretaria para a Economia.
5- As novas disposições compreendem também a nomeação de um Revisor Geral,  nomeado pelo Santo Padre, que será dotado de poder para realizar revisões de qualquer agência ou instituição da Santa Sé e do Estado da Cidade do Vaticano.
6- As mudanças confirmam o papel da Administração do Patrimônio da Sé Apostólica (APSA) como  Banco Central do Vaticano, com todas as obrigações e responsabilidades de instituições similares em todo o mundo.
7. A Autoridade de Informação Financeira (AIF), continuará desenvolvendo o seu papel atual e fundamental de vigilância e disciplina das atividades internas da Santa Sé e do Estado da Cidade do Vaticano.
O Comunicado destaca que foi pedido ao Prefeito da nova Secretaria para a Economia,  iniciar o seu trabalho o mais rápido possível. Ele deverá preparar os Estatutos finais e as outras questões ligadas com a assistência dos conselheiros necessários e trabalhará com a COSEA para completar a atuação de tais disposições aprovadas pelo Santo Padre.

Papa Francisco recebe presidente do Haiti

Encontro entre a autoridade política e o Santo Padre abordou as boas relações entre o Haiti e a Santa Sé
O Papa Francisco recebeu, em audiência, nesta terça-feira, 24, no Palácio Apostólico, o presidente do Haiti, Michel Joseph Martelly. Após o encontro com o Papa, Martelly reuniu-se com o secretário de Estado, Dom Pietro Parolin, acompanhado pelo secretário para as Relações com os Estados, Dom Dominique Mamberti.
Um comunicado emitido pelo Vaticano informou que, durante o encontro, recordou-se as boas relações entre o Haiti e a Santa Sé, concentrando-se sobre a contribuição social que a Igreja dá ao país, especialmente no campo educativo e de saúde, bem como nos setores de caridade.
O Papa e o presidente também falaram da importância de prosseguir com o empenho na reconstrução do país e de favorecer o sincero diálogo entre as diversas forças institucionais para a reconciliação e o bem comum, seja de forma interna ou externa.

Papa em homilia: seguir Jesus é ter uma casa, é ter a Igreja

Santo Padre lembrou que Jesus nunca deixa o homem só pelo caminho. A Santa Igreja é uma casa para onde este pode voltar
Papa em homilia: seguir Jesus é ter uma casa, a IgrejaSeguir Jesus não é “uma ideia”, mas um contínuo “permanecer em casa”, na Igreja, onde Cristo sempre traz alguém de volta, mesmo quem se afastou d’Ele. Esse foi o ensinamento do Papa Francisco, na Missa desta segunda-feira, 24, na Casa Santa Marta.
A reflexão partiu do Evangelho do dia, que relata o episódio em que Jesus livrou um menino de um espírito impuro. O cenário era de desordem, explicou o Papa, uma multidão rodeava o local, o pai do menino estava desesperado e pediu a ajuda de Jesus.
Dessa passagem, Francisco destacou o gesto piedoso de Jesus, que não só realizou a cura, mas se abaixou para erguer o menino que havia sido curado. “Jesus, quando cura, quando vai até o povo e cura uma pessoa, nunca a deixa sozinha. A cada um faz voltar ao seu lugar, não o deixa pelo caminho. São gestos belíssimos do Senhor!”.
O Papa lembrou que Jesus não veio do Céu sozinho, mas é Filho de um povo, é a promessa feita a um povo. Dessa forma, seus gestos ensinam que cada cura, cada perdão sempre fazem o ser humano voltar ao seu povo, que é a Igreja.
Francisco prosseguiu dizendo que Cristo sempre perdoa, e Seus gestos, às vezes, parecem revolucionários ou inexplicáveis, principalmente quando o Seu perdão se dirige àqueles que se afastaram d’Ele. Mas quando lhes perdoa, Jesus os faz voltar à casa, ressaltou o Papa.
“Assim, não se pode entender Jesus sem o povo de Deus. É um absurdo amar Cristo sem a Igreja, ouvi-Lo, mas não a Igreja; seguir Cristo à margem dela”, enfatizou Francisco, citando mais uma vez o Papa Paulo VI: “Cristo e a Igreja são unidos”.
Dessa forma, os gestos de ternura de Jesus fazem entender que a Doutrina Católica ou o “seguir Cristo” não é uma ideia, mas sim um contínuo “permanecer em casa”. E se, às vezes, acontece de alguém sair de casa por causa de um pecado, de um erro, a salvação é voltar para casa, com Jesus na Igreja.
“São gestos de ternura. Um a um, o Senhor nos chama, assim, para dentro de Sua família, a nossa mãe, a Santa Igreja. Pensemos nesses gestos de Jesus”

Angelus com o Papa Francisco – 23/02/14

Angelus com o Papa Francisco - 23/02/13
ANGELUS
Praça São Pedro – Vaticano
Domingo, 23 de fevereiro de 2014


Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
Na Segunda Leitura deste domingo, São Paulo afirma: “Ninguém ponha sua glória em homem algum. Com efeito, tudo vos pertence: Paulo, Apolo, Cefas [isso é, Pedro], o mundo, a vida, a morte, o presente, o futuro; tudo é vosso, mas vós sois de Cristo, e Cristo é de Deus” (1 Cor 3, 23). Por que o Apóstolo diz isso? Porque o problema ao qual o Apóstolo se encontra diante é aquele das divisões na comunidade de Corinto, onde se havia formado grupos que se referiam aos vários pregadores considerando-os seus chefes; diziam: “Eu sou de Paulo, eu sou de Apolo, eu sou de Cefa…” (1, 12). São Paulo explica que este modo de pensar é errado, porque a comunidade não pertence aos apóstolos, mas são eles – os apóstolos – que pertencem à comunidade; porém, a comunidade, inteira, pertence a Cristo!
Desta pertença, deriva que nas comunidades cristãs – dioceses, paróquias, associações, movimentos – as diferenças não podem contradizer o fato de que todos, pelo Batismo, temos a mesma dignidade: todos, em Jesus Cristo, somos filhos de Deus. E esta é a nossa dignidade: em Jesus Cristo somos filhos de Deus! Aqueles que receberam um ministério de guia, de pregação, de administrar os Sacramentos não devem se considerar proprietários de poderes especiais, patrões, mas se colocar a serviço da comunidade, ajudando-a a percorrer com alegria o caminho da santidade.
A Igreja hoje confia o testemunho desse estilo de vida pastoral aos novos cardeais, com os quais celebrei esta manhã a Santa Missa. Podemos saudar todos os novos cardeais, com um aplauso. Saudemos todos! O consistório de ontem a celebração eucarística de hoje nos ofereceram uma ocasião preciosa para experimentar a catolicidade, a universalidade da Igreja, bem representada pela variada proveniência dos membros do Colégio Cardinalício, recebidos em estreita comunhão em torno do Sucessor de Pedro. E que o Senhor nos dê a graça de trabalhar pela unidade da Igreja, de construir esta unidade, porque a unidade é mais importante que os conflitos! A unidade da Igreja é de Cristo, os conflitos são problemas que não são sempre de Cristo..
Os momentos litúrgicos e de festa, que tivemos a oportunidade de viver ao longo dos dois últimos dias, reforcem em todos nós a fé, o amor por Cristo e pela sua Igreja! Convido-vos também a apoiar estes Pastores e a auxiliá-los com a oração, a fim de que guiem sempre com zelo o povo que lhes foi confiado, mostrando a todos a ternura e o amor do Senhor. Mas quanta necessidade de oração tem um bispo, um cardeal, um Papa, a fim de que possa ajudar a seguir adiante o Povo de Deus! Digo “ajudar”, isso é, servir o Povo de Deus, porque a vocação do bispo, do cardeal e do Papa é justamente essa: ser servidor, servir em nome de Cristo. Rezem por nós, para que sejamos bons servidores: bons servidores, não bons patrões! Todos juntos, bispos, presbíteros, pessoas consagradas e fiéis leigos devemos oferecer o testemunho de uma Igreja fiel a Cristo, animada pelo desejo de servir os irmãos e pronta a ir ao encontro com coragem profética às expectativas e exigências espirituais dos homens e mulheres do nosso tempo. Nossa Senhora nos acompanhe e nos proteja neste caminho.

Homilia do Papa na Missa com os novos cardeais – 23/02/14

Homilia do Papa na Missa com os novos cardeais - 23/02/14
HOMILIA

Santa Missa com os novos cardeais
Basílica Vaticana
Domingo, 23 de fevereiro de 2014

“A vossa ajuda, Pai misericordioso, sempre nos torne atentos à voz do Espírito” (Coleta).
Esta oração, pronunciada no início da Missa, convida-nos a uma atitude fundamental: a escuta do Espírito Santo, que vivifica a Igreja e a anima. Com a sua força criativa e renovadora, o Espírito sustenta sempre a esperança do povo de Deus que caminha na história, e sempre sustenta, como Paráclito, o testemunho dos cristãos. Neste momento, todos nós, juntamente com os novos Cardeais, queremos ouvir a voz do Espírito que nos fala através das Escrituras proclamadas.
Na primeira Leitura, ressoou este apelo do Senhor ao seu povo: «Sede santos, porque Eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo» (Lv 19, 2). E faz-lhe eco, Jesus, no Evangelho: «Haveis, pois, de ser perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito» (Mt 5, 48). Estas palavras interpelam-nos a todos nós, discípulos do Senhor; e hoje são dirigidas especialmente a mim e a vós, queridos Irmãos Cardeais, de modo particular a vós que ontem começastes a fazer parte do Colégio Cardinalício. Imitar a santidade e a perfeição de Deus pode parecer uma meta inatingível; contudo, a primeira Leitura e o Evangelho sugerem os exemplos concretos para que o comportamento de Deus se torne a regra do nosso agir. Lembremo-nos, porém, todos nós…., lembremo-nos de que o nosso esforço, sem o Espírito Santo, seria vão! A santidade cristã não é, primariamente, obra nossa, mas fruto da docilidade – deliberada e cultivada – ao Espírito do Deus três vezes Santo.
O Levítico diz: «Não odieis um irmão vosso no íntimo do coração (…). Não vos vingueis; não guardeis rancor (…). Amai o vosso próximo» (19, 17-18). Estas atitudes nascem da santidade de Deus. Nós, porém, habitualmente somos tão diferentes, tão egoístas e orgulhosos… e no entanto a bondade e a beleza de Deus atraem-nos, e o Espírito Santo pode purificar-nos, pode transformar-nos, pode moldar-nos dia após dia. Fazer este trabalho de conversão, conversão no coração, conversão que todos nós – especialmente vós, Cardeais, e eu – devemos fazer. Conversão!
No Evangelho, também Jesus nos fala da santidade e explica a nova lei – a sua. Fá-lo através de algumas antíteses entre a justiça imperfeita dos escribas e fariseus e a justiça superior do Reino de Deus. A primeira antítese do texto de hoje tem a ver com a vingança. «Ouvistes que foi dito aos antigos: “Olho por olho e dente por dente”. Pois Eu digo-vos: (…) se alguém te bater na face direita, apresenta-lhe também a outra» (Mt 5, 38-39). Não só não devemos restituir ao outro o mal que nos fez, mas havemos também de esforçar-nos por fazer o bem magnanimamente.
A segunda antítese refere-se aos inimigos: «Ouvistes que foi dito: “Hás-de amar o teu próximo e odiar o teu inimigo”. Pois Eu digo-vos: Amai os vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem» (5, 43-44). A quem quer segui-Lo, Jesus pede para amar a pessoa que não o merece, sem retribuição, a fim de preencher as lacunas de amor que há nos corações, nas relações humanas, nas famílias, nas comunidades e no mundo. Irmãos Cardeais, Jesus não veio para nos ensinar as boas maneiras, as cortesias; para isso, não era preciso que descesse do Céu e morresse na cruz. Cristo veio para nos salvar, para nos mostrar o caminho, o único caminho de saída das areias movediças do pecado, e este caminho de santidade é a misericórdia, aquela que Ele usou e usa cada dia con nosco. Ser santo não é um luxo, é necessário para a salvação do mundo. Isto é o que Senhor nos pede.
Queridos Irmãos Cardeais, o Senhor Jesus e a mãe Igreja pedem-nos para testemunharmos, com maior zelo e ardor, estas atitudes de santidade. É precisamente neste suplemento de oblatividade gratuita que consiste a santidade de um Cardeal. Por conseguinte, amemos aqueles que nos são hostis; abençoemos quem fala mal de nós; saudemos com um sorriso a quem talvez não o mereça; não aspiremos a fazer-nos valer, mas oponhamos a mansidão à prepotência; esqueçamos as humilhações sofridas. Deixemo-nos guiar sempre pelo Espírito de Cristo: Ele sacrificou-Se a Si próprio na cruz, para podermos ser «canais» por onde passa a s ua caridade. Este é o comportamento, esta deve ser a conduta de um Cardeal. O Cardeal – digo-o especialmente a vós – entra na Igreja de Roma, Irmãos, não entra numa corte. Evitemos todos – e ajudemo-nos mutuamente a evitar – hábitos e comportamentos de corte: intrigas, críticas, facções, favoritismos, preferências. A nossa linguagem seja a do Evangelho: «Sim, sim; não, não»; as nossas atitudes, as das bem-aventuranças; e o nosso caminho, o da santidade. Rezemos mais uma vez: “A vossa ajuda, Pai misericordioso, sempre nos torne atentos à voz do Espírito”.
O Espírito Santo fala-nos , hoje, também através das palavras de São Paulo: «Sois templo de Deus (…); o templo de Deus é santo, e esse templo sois vós» (1 Cor 3, 16-17). Neste templo que somos nós, celebra-se uma liturgia existencial: a da bondade, do perdão, do serviço; numa palavra, a liturgia do amor. Este nosso templo fica de certo modo profanado, quando descuidamos os deveres para com o próximo: quando no nosso coração encontra lugar o menor dos nossos irmãos, é o próprio Deus que aí encontra lugar; e, quando se deixa fora aquele irmão, é o próprio Deus que não é acolhido. Um coração vazio de amor é como uma igreja dessacralizada, subtraída ao serviço de Deus e destinada a outro fim.
Queridos Irmãos Cardeais, permaneçamos unidos em Cristo e entre nós! Peço-vos que me acompanheis de perto, com a oração, o conselho, a colaboração. E todos vós, bispos, presbíteros, diáconos, pessoas consagradas e leigos, uni-vos na invocação do Espírito Santo, para que o Colégio dos Cardeais seja cada vez mais inflamado de caridade pastoral, cada vez mais cheio de santidade, para servir o Evangelho e ajudar a Igreja a irradiar pelo mundo o amor de Cristo.
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