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Discurso do Papa a trabalhadores de siderúrgicas italianas

Catequese com o Papa Francisco - 19/03/14
DISCURSO

Audiência com dirigentes e funcionários das siderúrgicas de Terni e aos fiéis da diocese de Terni – Narni – Amelia
Sala Paulo VI – Vaticano
Quinta-feira, 20 de março de 2014


Dou as boas vindas a cada um de vocês! A ocasião que vos levou a vir é o 130º aniversário das Siderúrgicas de Terni, símbolo de competências empresariais e operárias que tornaram célebre este nome bem além dos confins da Itália.  Saúdo o vosso pastor, Dom Ernesto Vecchi, agradeço-o pelas palavras que me dirigiu e, sobretudo, pelo serviço que presta à Igreja de Terni-Narni-Amelia. É um serviço que faz no momento da sua vida em que tinha o direito de descansar e, em vez disso, continua a trabalhar: obrigado, Dom Vecchi, muito obrigado! Saúdo as autoridades civis, bem como os sacerdotes, as pessoas consagradas, os fiéis leigos, as várias realidades sociais e as diversas componentes da vossa comunidade diocesana.
Este encontro me oferece a possibilidade de renovar a proximidade de toda a Igreja não somente à sociedade “Siderúrgicas Especiais Terni”, mas às empresas do vosso território, e mais em geral, a todo o mundo do trabalho. Diante do atual desenvolvimento da economia e dos grandes desafios que atravessam a atividade de trabalho, é preciso reafirmar que o trabalho é uma realidade essencial para a sociedade, para as famílias e para os indivíduos. O trabalho, de fato, diz respeito diretamente à pessoa, à sua vida, à sua liberdade e à sua felicidade. O primeiro valor do trabalho é o bem da pessoa humana, porque a realiza como tal, com as suas atitudes e as suas capacidades intelectuais, criativas e manuais. Daqui deriva que o trabalho não tem somente uma finalidade econômica e de lucro, mas, sobretudo, uma finalidade que interessa ao homem e à sua dignidade. A dignidade do homem está ligada ao trabalho. Ouvi alguns jovens operários que estão sem trabalho, e me disseram isto: “Padre, nós, em casa – minha mulher, os meus filhos – comem todos os dias, porque a paróquia, ou o clube, ou a Cruz Vermelha, nos dão de comer. Mas, Padre, eu não sei o que significa levar o pão pra casa, e eu preciso comer, preciso ter a dignidade de levar o pão pra casa”. E este é o trabalho! E se falta o trabalho, esta dignidade fica ferida! Quem está desempregado ou tem emprego informal arrisca, de fato, ser colocado às margens da sociedade, de se tornar uma vítima da exclusão social. Tantas vezes acontece que as pessoas sem trabalho – penso, sobretudo, em tantos jovens hoje desempregados – escorregam no desencorajamento crônico ou, pior, na apatia.
O que podemos dizer diante do gravíssimo problema do desemprego que afeta diversos países europeus? É a consequência de um sistema econômico que não é mais capaz de criar trabalho, porque colocou no centro um ídolo, que se chama dinheiro! Portanto, os diversos sujeitos políticos, sociais e econômicos são chamados a favorecer uma posição diferente, baseada na justiça e na solidariedade. Esta palavra, neste momento, arrisca ser excluída do dicionário. Solidariedade: parece um palavrão! Não! É importante a solidariedade, mas este sistema não a quer tanto bem, prefere excluí-la. Esta solidariedade humana que assegura a todos a possibilidade de desenvolver uma atividade de trabalho digna. O trabalho é um bem de todos, que deve estar disponível para todos. A fase de grave dificuldade e de desemprego requer ser enfrentada com os instrumentos da criatividade e da solidariedade. A criatividade de empreendedores e artesãos corajosos, que olham para o futuro com confiança e esperança. E a solidariedade entre todos os componentes da sociedade, que renunciam à algo, adotam um estilo de vida mais sóbrio, para ajudar quantos se encontram em uma condição de necessidade.
Este grande desafio interpela toda a comunidade cristã. Por isto hoje vocês vieram aqui juntos: siderúrgicos, bispos, comunidade diocesana. E por isto a história contemporânea da vossa Igreja está inseparavelmente ligada à visita do beato João Paulo II às siderúrgicas. Toda a Igreja está empenhada em uma conversão pastoral e missionária, como destacou o vosso bispo. A tal propósito, o empenho primário é sempre aquele de reavivar as raízes da fé e da vossa adesão a Jesus Cristo. Aqui está o princípio inspirador das escolhas de um cristão: a sua fé. A fé move montanhas! A fé cristã é capaz de enriquecer a sociedade graças à carga de fraternidade concreta que carrega em si mesma. Uma fé acolhida com alegria, vivida a fundo com generosidade, pode conferir à sociedade uma força humanizante. Portanto, somos todos chamados a procurar modos sempre novos para testemunhar com coragem uma fé viva e vivificante.
Queridos irmãos e irmãs, não deixem nunca de ter esperança em um futuro melhor. Lutem por isto, lutem. Não se deixem cair no vórtice do pessimismo! Se cada um fizer a sua parte, se todos colocarmos sempre no centro a pessoa humana, não o dinheiro, com a sua dignidade, se se consolidar uma atitude de solidariedade e partilha fraterna, inspirada no Evangelho, se poderá sair do pântano de uma fase econômica e laboral árdua e difícil
Com esta esperança, invoco a materna intercessão da Virgem Maria sobre vocês e sobre toda a diocese, especialmente sobre o mundo do trabalho, sobre as famílias em dificuldade, para que não percam a dignidade que dá o trabalho, sobre crianças e jovens e sobre os idosos.
E todos nós, agora, sentados como estamos, rezemos à Nossa Senhora, que é a nossa Mãe, para que nos dê a graça de trabalhar juntos com criatividade, solidariedade e fé. Ave Maria…

Abençõe-vos o Deus onipotente Pai, Filho e Espírito Santo.

E peço-vos, por favor, rezem por mim! Obrigado!

Desemprego é fruto da glorificação do dinheiro, afirma Papa


Dirigindo-se a cerca de sete mil funcionários de siderúrgicas, Santo Padre destacou que ter o dinheiro como ídolo é a causa de muitas dificuldades atuais


papa_desemprego
O problema do desemprego foi o tema do discurso que o Papa Francisco dirigiu, nesta quinta-feira, 20, a cerca de sete mil funcionários de siderúrgicas da região italiana da Úmbria – que atravessam uma grave crise que levou a demissões em massa.
Aos provenientes, em especial da Diocese de Terni, o Pontífice recordou que as dificuldades atuais são causadas por um sistema econômico incapaz de criar emprego, porque coloca, no centro, um ídolo: o dinheiro. “É preciso adotar uma posição diferente, baseada na justiça e na solidariedade”.
Perante a atual evolução da economia, o Papa reafirmou a importância do trabalho, que constitui uma realidade essencial para a sociedade, para as famílias e para os indivíduos.
“O trabalho não tem apenas uma finalidade econômica e de lucro, mas, sobretudo, uma finalidade que diz respeito ao homem e à sua dignidade. Se faltar o trabalho, fere-se esta dignidade”.
Ele enfatizou ainda que a fase de grave dificuldade e desemprego tem que ser enfrentada com os instrumentos da criatividade e da solidariedade. É preciso adotar um estilo de vida mais sóbrio para ajudar os que passam por dificuldades.
Na parte final do seu discurso à peregrinação de Terni, o Santo Padre dirigiu-se especialmente aos fiéis da diocese, sublinhando “o empenho primário” de reavivar as raízes da fé e da adesão a Jesus Cristo. Uma fé que seja “viva e vivificante”.
“É aqui que está o princípio inspirador das opções de um cristão: a sua fé. A fé move montanhas! Uma fé acolhida com alegria, vivida a fundo e com generosidade, pode conferir à sociedade uma força humanizante.”
O Papa concluiu exortando-nos a continuar sempre a “esperar um futuro melhor”, sem cair no “vórtice do pessimismo”. Se cada um fizer a parte que lhe toca, consolidando uma atitude de solidariedade e partilha fraterna, há de se conseguir “sair do pântano de uma fase econômica e laboral árdua e difícil”.

Papa Francisco celebrará Missa pela canonização de Anchieta

Beato jesuíta será proclamado santo, em 2 de abril, por meio de decreto papal

beato anchietaPapa Francisco celebrará, em 24 de abril, uma Santa Missa na igreja de Santo Inácio de Loyola, em Roma, em ação de graças pela canonização do Beato José de Anchieta. O religioso fortemente ligado à evangelização no Brasil será proclamado Santo no dia 2 de abril, por meio de um decreto papal.
Nascido em Tenerife, nas Ilhas Canárias (Espanha), o jovem jesuíta desembarcou em solo brasileiro, em julho de 1553, onde fundou, junto com o padre Manoel da Nóbrega, um colégio em Piratininga, que deu origem à cidade de São Paulo. Assim como Anchieta, Papa Francisco é membro da Companhia de Jesus, ordem fundada por Inácio de Loyola.
A beatificação de Anchieta foi feita por João Paulo II em 1980. O Papa Francisco também vai assinar decretos de canonização de dois beatos franceses que promoveram a evangelização no Canadá: François de Montmorency-Laval e Maria da Encarnação Guyart.

Papa destaca importância da confiança em Deus

Francisco disse que o homem que confia somente em si e se esquece de Deus caminha rumo à infelicidade


papa_confiança em Deus
O homem que confia em si mesmo, nas próprias riquezas ou ideologias está destinado à infelicidade. Quem confia no Senhor, em vez disso, dá frutos mesmo em tempos de seca. Assim disse o Papa Francisco na Missa, desta quinta-feira, 20, na Casa Santa Marta.
As reflexões partiram da Primeira leitura do dia, que define como bendito o homem que confia em Deus. Francisco destacou que somente no Senhor a confiança é segura, outras confianças não servem, não trazem salvação nem alegria.
Às vezes, porém, lembrou o Santo Padre, o homem gosta de confiar em si mesmo ou nos amigos e nas ideologias, deixando Deus um pouco à parte. Mas o homem assim se fecha em si mesmo e fica sem horizontes, não pode se salvar. É o que acontece com o homem rico de que fala o Evangelho do dia: tinha tudo, mas não se dava conta de que, à sua porta, havia um pobre, coberto de feridas. Francisco observou que, ao passo que o pobre tinha um nome, Lázaro, o rico “não tem nome”.
“E esta é a maldição mais forte daquele que confia em si mesmo ou nas forças, nas possibilidades dos homens e não em Deus: perder o nome. (…) Todos nós temos esta fraqueza, esta fragilidade, de colocar as nossas esperanças em nós mesmos, nos amigos ou nas possibilidades humanas somente; e nos esquecermos do Senhor. Isso nos leva ao caminho da infelicidade”.
O Papa disse que, neste dia de Quaresma, fará bem a cada um perguntar-se onde coloca a sua confiança: em Deus ou nas coisas, nos ídolos. “Ainda tenho um nome ou comecei a perder o nome e me chamo ‘eu’? Eu, a mim, comigo, para mim, somente eu? Sempre aquele egoísmo. Isso não nos dará a salvação”.
Mas mesmo para quem “perdeu o nome” e confia em si mesmo, há uma porta de esperança, pois Deus é Pai e tem sempre uma resposta para dar ao homem, uma única palavra: “Filho!”
“Se algum de nós, na vida, de tanto ter confiança no homem e em nós mesmos, acabamos por perder o nome, perder a dignidade, ainda há uma possibilidade de dizer esta palavra que é forte: ‘Pai’. Ele sempre nos espera para abrir uma porta que nós não vemos e nos dirá: ‘Filho’. Peçamos ao Senhor a graça de que dê a todos nós a sabedoria de ter confiança somente n’Ele, não nas coisas nem nas forças humanas, somente n’Ele”.

Papa recebe representantes de oito religiões no Vaticano

Líderes religiosos participam de um Congresso promovido pelos Focolares   em Castel Gandolfo


Papa recebe representantes de oito religiões no Vaticano

O Papa Francisco recebeu, nesta quarta-feira, 19, no Palácio Apostólico, Vaticano, representantes de oito religiões que participam de um Congresso em Castel Gandolfo.
O grupo de 20 pessoas representou os 250 participantes do Congresso “Chiara e as religiões. Juntos em direção à unidade da família humana”, um encontro promovido pelo Movimento dos Focolares.
De acordo com a nota publicada pela Rádio Vaticano, o encontro ocorreu em um clima de grande simplicidade e “espírito de família”.
O Papa expressou sua alegria pela iniciativa do encontro e pela reflexão sobre os escritos da fundadora dos Focolares, Chiara Lubich, sobre o diálogo inter-religioso.
“O importante é caminhar e nunca parar”, afirmou o Papa aos líderes religiosos ao mencionar a busca pelo diálogo.
Por fim,  Francisco pediu que rezassem por ele e garantiu a todos as suas orações.
O Congresso será encerrado, nesta quinta-feira, 20, com uma conferência pública na Universidade Urbaniana em Roma. O evento tem participação, entre outros, de cristãos, judeus, muçulmanos, hindus e budistas.
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