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Festa do Sagrado Coração de Jesus e Santa Maria Goretti

 
Festa em Honra à Santa Maria Goretti e Sagrado Coração de Jesus
De 28 de Maio à 06 de Junho de 2014
Aragarças-GO
 
 
Tema:
Sagrado Coração de Jesus, enviai o vosso Espírito Santo, para que possamos compreender os seus ensinamentos e anunciar a vossa palavra.
 
Coordenação:
Pe. Gibrail e Comunidade Sagrado Coração de Jesus e Santa Maria Goretti.
 
Festeiros:
Pedro Alcântara e Isabeth
Janaína Martins
Neuracy Garcia
 
Programação da Festa:
  • Novenas de 28 de Maio à 05 de Junho de 2014, às 19:00h;
  • Missas e Celebrações de 28 de Maio à 05 de Junho, às 19h30min.
  • Bingo e Noite do Pastel dia 04 de Junho de 2014;
  • Quermesse dia 05 de Junho
  • Santa Missa de Encerramento dia 06 de Junho às 19:00h;
  • Procissão(Levar velas) após a Missa no dia 06 de Junho de 2014;
  • Leilões dias 30 e 31 de Maio e 06 de Junho de 2014.
 


Festa em Honra à Santa Maria Goretti e Sagrado Coração de Jesus

Nessa próxima Quarta-feira (28) começa em nossa Paróquia a Festa em Honra à Santa Maria Goretti e Sagrado Coração de Jesus, na Comunidade localizada na Rua 1 setor Bela Vista, a festa irá até o dia 06 de junho, Participe!

Jesus no Araguaia 2014

Está se aproximando o início do Projeto Jesus no Araguaia 2014, aqui em Aragarças-GO, não se esqueçam que acontecerá esse ano de 10 à 13 de julho na Praia Quarto Crescente, na Igreja Matriz e em vários locais que serão visitados pelos diversos missionários. Participe!

Papa Francisco conclui segunda viagem internacional do Pontificado

Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco concluiu no final da tarde desta segunda-feira a segunda viagem internacional do seu Pontificado, a peregrinação à Terra Santa. O Boeing 777, vôo LY 514 da Companhia israelense El Al, deixou o Aeroporto de Ben Gurion, em Tel Aviv, às 19h20min, horário italiano, com destino à Roma, onde deverá aterrar no Aeroporto Internacional de Ciampino às 23 horas.
O Santo Padre dirigiu-se de helicóptero ao Aeroporto vindo de Jerusalém, após celebrar a Missa no Cenáculo, na presença dos Ordinários da Terra Santa e do séquito papal. Na calorosa despedida, estavam presentes o Presidente de Israel, Shimon Peres e o Primeiro Ministro Benjamin Netanyahu. Foram tocados os hinos dos dois países, visto que era uma visita de Chefe de Estado. Não foram proferidos discursos.
No vôo Roma-Amã, no sábado, o Papa Francisco havia dito aos jornalistas que os encontraria no vôo de volta a Roma, para uma coletiva de imprensa. (JE)

Papa Francisco questiona consagrados quanto à proximidade e o distanciamento a Jesus

Jerusalém (RV) – Na Igreja de Getsêmani, ao pé do Monte das Oliveiras, onde, segundo a tradição, Jesus rezou antes da sua prisão, o Santo Padre encontrou sacerdotes, religiosos e seminaristas.
Na sua homilia, Francisco reverenciou o local santo, lembrando a passagem do evangelho de Lucas, quando Jesus sentiu necessidade de orar, e se recolheu no Monte, seguido por seus discípulos. Um lugar marcado “pela sua angústia, pelo seu suor de sangue; santificado sobretudo pelo seu ‘sim’ à vontade amorosa do Pai. Quase sentimos temor de abeirar-nos dos sentimentos que Jesus experimentou naquela hora; entramos, em pontas de pés, naquele espaço interior, onde se decidiu o drama do mundo”.
Papa Francisco recordou quem tinha seguido e partilhado mais de perto a missão de Jesus. No entanto, a circunstância foi envolvida por uma sucessão de eventos, entre os discípulos e perante o próprio Mestre, onde prosperaram incertezas, proximidade e distanciamento a Jesus, e prevaleceram “a dúvida, o cansaço e o pavor”. Santo Padre trouxe a reflexão pra perto da gente e, principalmente, para os grupos de seminaristas, cerca de 400 pessoas, que se encontravam reunidos para a celebração.
"Será bom para todos nós – bispos, sacerdotes, pessoas consagradas, seminaristas – perguntarmo-nos neste lugar: Quem sou eu perante o meu Senhor que sofre? Sou daqueles que, convidados por Jesus a velar com Ele, adormecem e, em vez de rezar, procuram evadir-se fechando os olhos frente à realidade? Sou daqueles? Ou me reconheço naqueles que fugiram por medo, abandonando o Mestre na hora mais trágica da sua vida terrena? Porventura há em mim a hipocrisia, a falsidade daquele que O vendeu por trinta moedas, que fora chamado amigo e no entanto traiu Jesus? Reconheço-me naqueles que foram fracos e O renegaram, como Pedro?"
O Santo Padre também fez referência àqueles que aceitaram o chamado de Jesus, àqueles que foram fiéis até o final, como a Virgem Maria e o apóstolo João."Ou então, graças a Deus, encontro-me entre aqueles que foram fiéis até ao fim, como a Virgem Maria e o apóstolo João? No Gólgota, quando tudo se torna escuro e toda a esperança parece extinta, somente o amor é mais forte que a morte. O amor de Mãe e do discípulo predileto impele-os a permanecerem ao pé da cruz, para compartilhar até ao fundo o sofrimento de Jesus. Reconheço-me naqueles que imitaram o seu Mestre e Senhor até ao martírio, dando testemunho que Ele era tudo para eles, a força incomparável da sua missão e o horizonte último da sua vida?"
Ao finalizar a homilia, Papa Francisco falou da “amizade de Jesus por nós, a sua fidelidade e a sua misericórdia”, que são o dom inestimável que nos encoraja a continuar, com confiança, apesar das nossas quedas, erros e traições.
"Todavia esta bondade do Senhor não nos isenta da vigilância frente ao tentador, ao pecado, ao mal e à traição que podem atravessar também a vida sacerdotal e religiosa. Todos nós estamos expostos ao pecado, ao mal, à traição. Sentimos a desproporção entre a grandeza da chamada de Jesus e a nossa pequenez, entre a sublimidade da missão e a nossa fragilidade humana. Mas o Senhor, na sua grande bondade e infinita misericórdia, sempre nos toma pela mão, para não nos afogarmos no mar do acabrunhamento. Ele está sempre ao nosso lado, nunca nos deixa sozinhos. Portanto, não nos deixemos vencer pelo medo e o desalento, mas, com coragem e confiança, sigamos em frente no nosso caminho e na nossa missão."
O Santo Padre referiu-se ainda ao dom e à responsabilidade de seguir o Senhor com alegria na Terra Santa. Palavras dirigidas a representantes de cerca de cem diferentes congregações.
"A vossa presença aqui é muito importante; toda a Igreja vos está agradecida e apoia com a oração. Deste lugar santo, desejo ainda dirigir uma saudação afetuosa a todos os cristãos de Jerusalém. Gostaria de assegurar que lembro com afeto e rezo por eles, bem conhecendo a dificuldade da vida deles na cidade. Exorto-os a serem testemunhas corajosas da Paixão do Senhor, mas também da sua Ressurreição, com alegria e na esperança. Imitemos a Virgem Maria e São João, permanecendo junto das muitas cruzes onde Jesus ainda está crucificado. Esta é a estrada pela qual o nosso Redentor nos chama a segui-Lo." (AC)

Cenáculo, última etapa da peregrinação de Francisco: "quanto amor, quanto bem, quanta caridade dali jorrou!"



 Jerusalém (RV) – No Cenáculo, em Jerusalém, o Papa Francisco cumpriu a última etapa desta sua primeira peregrinação à Terra Santa, com a celebração da Santa Missa com os Ordinários da Terra Santa e o Séquito papal. Justamente ali, onde Jesus fez a Última Ceia com os Apóstolos, onde ressurreto apareceu em meio a eles, onde o Espírito desceu sobre Maria e os Apóstolos; ali, onde nasceu a Igreja. A celebração não foi aberta ao público devido às reduzidas dimensões do local.
O Santo Padre foi saudado pelo Custódio da Terra Santa, Padre Pierbattista Pizzaballa que recordou “que a abertura à evangelização missionária de São Francisco tomou asas a partir da Terra da nossa redenção e a Igreja confirmou a nossa missão de custódios dos Lugares Santos”, acrescentando que aquele, é “um dos locais mais feridos de toda Terra Santa, e que estas feridas” – afirmou – queremos que “tenham uma ligação misteriosa e real com os estigmas da Paixão com as quais o Ressuscitado apareceu aos seus”.
Em sua homilia, Francisco traçou um “horizonte do Cenáculo, o horizonte do Ressuscitado e da Igreja”, ali onde ela nasceu, onde ela “partiu, com o Pão repartido nas mãos, as chagas de Jesus nos olhos e o Espírito de amor no coração”.
“Sair, partir, não quer dizer esquecer. A Igreja em saída guarda a memória daquilo que aconteceu ali”, disse Francisco, recordando que do Cenáculo “partiu a Igreja em saída, animada pelo sopro vital do Espírito”.
“O Cenáculo recorda-nos o serviço, o lava-pés que Jesus realizou como exemplo a seus discípulos”, recordou o Papa. “Lavar os pés uns aos outros significa acolher-se, aceitar-se, amar-se, servir-se reciprocamente. Quer dizer servir o pobre, o doente, o marginalizado”. O Cenáculo, observou ainda, também nos recorda a “Eucaristia, o sacrifício”, e na celebração eucarística, “oferecemos a Deus toda a nossa vida, o nosso trabalho, as nossas alegrias e penas”.
O Cenáculo também nos recorda a amizade. “O Senhor faz de nós seus amigos, confia-nos a vontade do Pai e se dá a nós. Esta é a experiência mais bela do cristão e, de modo particular, do sacerdote: tornar-se amigo do Senhor Jesus”, disse o Papa, acrescentando que o Cenáculo também nos recorda a despedida do Mestre e a promessa de se reencontrar com seus amigos: “Jesus não nos deixa, nunca nos abandona, vai à nossa frente na Casa do Pai; e para lá, nos quer levar consigo”.
Francisco disse que o Cenáculo também recorda a mesquinhez, a curiosidade, a traição:
“E reproduzir na vida estas atitudes não acontece somente com os outros, mas pode acontecer a cada um de nós, quando olhamos com desdém o irmão e o julgamos; quando, com os nosso pecados, atraiçoamos Jesus”.
Mas o Cenáculo recorda-nos também a partilha, a fraternidade, a harmonia e a paz entre nós:
“Quanto amor, quanto bem jorrou do Cenáculo! Quanta caridade saiu daqui como um rio da sua fonte, que, ao princípio, é um ribeiro e depois se alarga e se torna grande...Todos os santos beberam daqui; o grande rio da santidade da Igreja, sempre sem cessar, tem origem daqui, do Coração de Cristo, da Eucaristia, do seu Santo Espírito”.
O Cenáculo, por fim, “recorda-nos o nascimento de uma nova família, a Igreja, constituída por Jesus ressuscitado e que tem uma Mãe, a Virgem Maria:
As famílias cristãs pertencem a esta grande família e, nela, encontram luz e força para caminhar e se renovar no meio das fadigas e provações da vida. Para esta grande família estão convidados e chamados todos os filhos de Deus de cada povo e língua, todos os irmãos e filhos do único Pai que está nos céus”.
E O Papa concluiu: “Desça o vosso Espírito, Senhor, e renove a face da terra”. (JE)


Declaração conjunta do Papa e do Patriarca Bartolomeu, a 50 anos do encontro de Paulo VI com Atenágoras













1. Como os nossos venerados predecessores Papa Paulo VI e Patriarca Ecuménico Atenágoras, que se encontraram aqui em Jerusalém há cinquenta anos, também nós – Papa Francisco e Patriarca Ecuménico Bartolomeu – decidimos encontrar-nos na Terra Santa, «onde o nosso Redentor comum, Cristo nosso Senhor, viveu, ensinou, morreu, ressuscitou e subiu aos céus, donde enviou o Espírito Santo sobre a Igreja nascente» (Comunicado comum de Papa Paulo VI e Patriarca Atenágoras, publicado depois do seu encontro de 6 de Janeiro de 1964). O nosso encontro – um novo encontro dos Bispos das Igrejas de Roma e Constantinopla fundadas respectivamente por dois Irmãos, os Apóstolos Pedro e André – é fonte de profunda alegria espiritual para nós. O mesmo proporciona uma ocasião providencial para reflectir sobre a profundidade e a autenticidade dos vínculos existentes entre nós, vínculos esses fruto de um caminho cheio de graça pelo qual o Senhor nos guiou desde aquele abençoado dia de cinquenta anos atrás.
2. O nosso encontro fraterno de hoje é um passo novo e necessário no caminho para a unidade, à qual só o Espírito Santo nos pode levar: a unidade da comunhão na legítima diversidade. Com profunda gratidão, relembramos os passos que o Senhor já nos permitiu realizar. O abraço trocado entre o Papa Paulo VI e o Patriarca Atenágoras aqui em Jerusalém, depois de muitos séculos de silêncio, abriu a estrada para um gesto epocal: a remoção da memória e do meio da Igreja dos actos de recíproca excomunhão de 1054. Isso foi seguido por uma troca de visitas entre as respectivas Sés de Roma e de Constantinopla, por uma correspondência regular e, mais tarde, pela decisão anunciada pelo Papa João Paulo II e o Patriarca Dimitrios, ambos de abençoada memória, de se iniciar um diálogo teológico na verdade entre católicos e ortodoxos. Ao longo destes anos, Deus, fonte de toda a paz e amor, ensinou-nos a olhar uns para os outros como membros da mesma família cristã, sob o mesmo Senhor e Salvador Jesus Cristo, e a amar-nos de tal modo uns aos outros que podemos confessar a nossa fé no mesmo Evangelho de Cristo, tal como foi recebida pelos Apóstolos e nos foi expressa e transmitida a nós pelos Concílios Ecuménicos e pelos Padres da Igreja. Embora plenamente conscientes de ainda não ter atingido a meta da plena comunhão, hoje reafirmamos o nosso compromisso de continuar a caminhar juntos rumo à unidade pela qual Cristo nosso Senhor rezou ao Pai pedindo que «todos sejam um só» (Jo 17, 21).
3. Bem cientes de que a unidade se manifesta no amor de Deus e no amor do próximo, olhamos com ansiedade para o dia em que poderemos finalmente participar juntos no banquete eucarístico. Como cristãos, somos chamados a preparar-nos para receber este dom da comunhão eucarística, segundo o ensinamento de Santo Ireneu de Lião (Contra as Heresias, IV, 18, 5: PG 7, 1028), através da confissão de uma só fé, a oração perseverante, a conversão interior, a renovação da vida e o diálogo fraterno. Ao alcançar esta meta esperada, manifestaremos ao mundo o amor de Deus, pelo qual somos reconhecidos como verdadeiros discípulos de Jesus Cristo (cf. Jo 13, 35).
4. Para tal objectivo, o diálogo teológico realizado pela Comissão Mista Internacional oferece uma contribuição fundamental na busca da plena comunhão entre católicos e ortodoxos. Ao longo dos sucessivos tempos vividos sob os Papas João Paulo II e Bento XVI e o Patriarca Dimitrios, foi substancial o progresso dos nossos encontros teológicos. Hoje exprimimos vivo apreço pelos resultados obtidos até agora, bem como pelos esforços actuais. Não se trata de mero exercício teórico, mas de uma exercitação na verdade e no amor, que exige um conhecimento ainda mais profundo das tradições de cada um para as compreender e aprender com elas. Assim, afirmamos mais uma vez que o diálogo teológico não procura o mínimo denominador comum teológico sobre o qual se possa chegar a um compromisso, mas busca aprofundar o próprio conhecimento da verdade total que Cristo deu à sua Igreja, uma verdade cuja compreensão nunca cessará de crescer se seguirmos as inspirações do Espírito Santo. Por isso, afirmamos conjuntamente que a nossa fidelidade ao Senhor exige um encontro fraterno e um verdadeiro diálogo. Tal busca comum não nos leva para longe da verdade; antes, através de um intercâmbio de dons e sob a guia do Espírito Santo, levar-nos-á para a verdade total (cf. Jo 16, 13).
5. Todavia, apesar de estarmos ainda a caminho para a plena comunhão, já temos o dever de oferecer um testemunho comum do amor de Deus por todas as pessoas, trabalhando em conjunto ao serviço da humanidade, especialmente na defesa da dignidade da pessoa humana em todas as fases da vida e da santidade da família assente no matrimónio, na promoção da paz e do bem comum e dando resposta ao sofrimento que continua a afligir o nosso mundo. Reconhecemos que a fome, a pobreza, o analfabetismo, a distribuição desigual de recursos devem ser constantemente enfrentados. É nosso dever procurar construir juntos uma sociedade justa e humana, onde ninguém se sinta excluído ou marginalizado.
6. É nossa profunda convicção que o futuro da família humana depende também do modo como protegermos – de forma simultaneamente prudente e compassiva, com justiça e equidade – o dom da criação que o nosso Criador nos confiou. Por isso, arrependidos, reconhecemos os injustos maus-tratos ao nosso planeta, o que aos olhos de Deus equivale a um pecado. Reafirmamos a nossa responsabilidade e obrigação de fomentar um sentimento de humildade e moderação, para que todos possam sentir a necessidade de respeitar a criação e protegê-la cuidadosamente. Juntos, prometemos empenhar-nos na sensibilização sobre a salvaguarda da criação; apelamos a todas as pessoas de boa vontade para tomarem em consideração formas de viver menos dispendiosas e mais frugais, manifestando menos ganância e mais generosidade na protecção do mundo de Deus e para benefício do seu povo.
7. Há também urgente necessidade de uma cooperação efectiva e empenhada dos cristãos para salvaguardar, por todo o lado, o direito de exprimir publicamente a própria fé e de ser tratados equitativamente quando promovem aquilo que o cristianismo continua a oferecer à sociedade e à cultura contemporânea. A este propósito, convidamos todos os cristãos a promoverem um diálogo autêntico com o judaísmo, o islamismo e outras tradições religiosas. A indiferença e a ignorância mútua só podem levar à desconfiança e mesmo, infelizmente, ao conflito.
8. Desta cidade santa de Jerusalém, exprimimos a nossa comum e profunda preocupação pela situação dos cristãos no Médio Oriente e o seu direito de permanecerem plenamente cidadãos dos seus países de origem. Confiadamente voltamo-nos para Deus omnipotente e misericordioso, elevando uma oração pela paz na Terra Santa e no Médio Oriente em geral. Rezamos especialmente pelas Igrejas no Egipto, Síria e Iraque, que têm sofrido mais pesadamente por causa dos eventos recentes. Encorajamos todas as Partes, independentemente das próprias convicções religiosas, a continuarem a trabalhar pela reconciliação e o justo reconhecimento dos direitos dos povos. Estamos convencidos de que não são as armas, mas o diálogo, o perdão e a reconciliação, os únicos meios possíveis para alcançar a paz.
9. Num contexto histórico marcado pela violência, a indiferença e o egoísmo, muitos homens e mulheres de hoje sentem que perderam as suas referências. É precisamente através do nosso testemunho comum à boa notícia do Evangelho que seremos capazes de ajudar as pessoas do nosso tempo a redescobrirem o caminho que conduz à verdade, à justiça e à paz. Unidos nos nossos intentos e recordando o exemplo dado há cinquenta anos aqui em Jerusalém pelo Papa Paulo VI e o Patriarca Atenágoras, apelamos a todos os cristãos, juntamente com os crentes das diferentes tradições religiosas e todas as pessoas de boa vontade, que reconheçam a urgência deste tempo que nos obriga a buscar a reconciliação e a unidade da família humana, no pleno respeito das legítimas diferenças, para bem de toda a humanidade actual e das gerações futuras.
10. Ao empreendermos esta peregrinação comum até ao lugar onde o nosso e único Senhor Jesus Cristo foi crucificado, sepultado e ressuscitou, humildemente confiamos à intercessão da Santíssima e Sempre Virgem Maria os nossos futuros passos no caminho rumo à plenitude da unidade e entregamos ao amor infinito de Deus toda a família humana.
«O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face e te favoreça! O Senhor volte para ti a sua face e te dê a paz!» (Nm 6, 25-26).
Jerusalém, 25 de Maio de 2014

O Papa reza diante do Muro das Lamentações e deposita um bilhete com a oração do Pai-Nosso

Jerusalém (RV) - O segundo momento das atividades do Papa, na manhã desta segunda-feira, foi a sua visita ao Muro Ocidental, conhecido como Muro das Lamentações, resto ainda existente das ruínas do antigo Templo de Jerusalém, construído por Salomão e reedificado por Herodes. Hoje, este é um lugar central de culto do judaísmo.
Ali, como fazem todos os fiéis que se aproximam do Muro, o Bispo de Roma também depositou seu bilhete, escrito de próprio punho, com a oração do Pai-Nosso, em espanhol, como lhe foi ensinado por sua mãe. Depois, apoiando a mão direita no Muro das Lamentações, o Papa se deteve em oração, por alguns momentos. A seguir, assinou o Livro de Honra, deixando a seguinte mensagem: “Com sentimentos de alegria, para com meus irmãos mais velhos, vim aqui para pedir ao Senhor o dom da paz”.
Depois, o Pontífice visitou o Mausoléu de Theodor Herzl, fundador do Movimento Sionista, em 1897. Ali, no cemitério nacional de Israel, depositou uma coroa de flores, um gesto que, segundo a tradição, é feito durante as visitas oficiais.
A seguir, o Bispo de Roma visitou o vizinho Memorial de Yad Vashem, o Monumento do Holocausto, que contém algumas urnas, com cinzas de vítimas de vários campos de extermínio. Tendo depositado também ali uma coroa de flores, na presença de alguns sobreviventes da perseguição nazista, o Papa fez um breve pronunciamento.
Neste lugar, memorial da Shoah, disse o Papa, ouvimos ressoar a pergunta de Deus: «Adão, onde você está?». Nesta pergunta, notamos a dor de um pai que perde o filho. O pai conhecia o risco da liberdade; sabia que o filho podia ter-se perdido, mas, talvez, nem mesmo o pai podia imaginar tal queda, tal abismo!
Aquele grito «onde você está?» ressoa aqui, disse o Pontífice, diante deste memorial da tragédia incomensurável do Holocausto, como uma voz que se perde em um abismo sem fim: “Homem, quem é você? Não o reconheço mais. O que você fez? De quais horrores você foi capaz? Por que você caiu tão embaixo?
Este abismo não pode ser somente obra das suas mãos, do seu coração... E, referindo-se ainda ao homem, o Papa perguntou: “Quem o corrompeu? Quem o desfigurou? Você torturou e assassinou seus irmãos! Por isso, hoje, voltamos a ouvir a voz de Deus: «Adão, onde você está?»
Dito isso, o Santo Padre invocou o perdão de Deus: “Tende piedade de nós, Senhor! Escutai a nossa oração e a nossa súplica. Salvai-nos pela vossa misericórdia. Salvai-nos desta monstruosidade! Pecamos contra vós!”. E concluiu:
Lembrai-vos de nós na vossa misericórdia. Dai-nos a graça de nos envergonharmos daquilo que, como homens, fomos capazes de cometer; de nos envergonharmos desta máxima idolatria; de termos desprezado e destruído a nossa carne, aquela que vós formastes e vivificastes com o vosso sopro de vida. Nunca mais, Senhor! Nunca mais!
Depois da visita ao Memorial do Holocausto, o Bispo de Roma visitou o “Centro Hechal Shlomo”, sede do Grão-Rabinado de Israel, situado ao lado da Grande Sinagoga de Jerusalém. (MT)

Discurso do Papa Francisco durante a Visita aos 2 Grã-Rabinos

Prezados Grã-Rabinos de Israel!
Sinto-me particularmente feliz por poder encontrar-me convosco hoje: estou-vos agradecido pela recepção calorosa e pelas amáveis ​​palavras de boas-vindas que me dirigistes.
Como sabeis, desde o tempo em que era Arcebispo de Buenos Aires, pude contar com a amizade de muitos irmãos judeus. Junto com eles, organizámos frutuosas iniciativas de encontro e diálogo e, com eles, vivi também significativos momentos de partilha no plano espiritual. Nos primeiros meses de pontificado, pude receber várias organizações e representantes do judaísmo mundial. Como já sucedia com os meus antecessores, são numerosos estes pedidos de encontro, vindo somar-se às muitas iniciativas que têm lugar a nível nacional ou local. Tudo isso atesta o desejo recíproco de nos conhecermos melhor, de nos ouvirmos, de construirmos vínculos de verdadeira fraternidade.Este caminho de amizade constitui um dos frutos do Concílio Vaticano II, nomeadamente da Declaração Nostra aetate, que teve tanto peso e cujo cinquentenário recordaremos no próximo ano. Na realidade, estou convencido de que o sucedido durante as últimas décadas nas relações entre judeus e católicos tenha sido um verdadeiro dom de Deus, uma das maravilhas por Ele realizadas, pela qual somos chamados a bendizer o seu nome: «Louvai o Senhor dos senhores, / porque o seu amor é eterno! / Só Ele faz grandes maravilhas, / porque o seu amor é eterno!» (Sal 136, 3-4).
Mas é um dom de Deus que não poderia manifestar-se sem o empenho de muitíssimas pessoas corajosas e generosas, tanto judias como cristãs. Em particular, desejo mencionar aqui a importância assumida pelo diálogo entre o Grã-Rabinato de Israel e a Comissão da Santa Sé para as Relações Religiosas com o Judaísmo. Diálogo este, que, inspirado pela visita do Papa São João Paulo II à Terra Santa, teve início em 2002, encontrando-se já no décimo segundo ano de vida. Apraz-me pensar, a respeito do Bar Mitzvah da tradição judaica, que o mesmo já esteja próximo da idade adulta: tenho confiança que possa continuar e tenha um futuro brilhante pela frente.
Não se trata apenas de estabelecer, num plano humano, relações de respeito mútuo: somos chamados, como cristãos e como judeus, a interrogarmo-nos em profundidade sobre o significado espiritual do vínculo que nos une. É um vínculo que vem do Alto, ultrapassa a nossa vontade e permanece íntegro, não obstante todas as dificuldades de relacionamento vividas, infelizmente, na história. Do lado católico, há seguramente a intenção de considerar plenamente o sentido das raízes judaicas da própria fé. Estou confiante, com a vossa ajuda, que também do lado judaico se mantenha e, se possível, aumente o interesse pelo conhecimento do cristianismo, mesmo nesta terra bendita onde o cristianismo reconhece as suas origens e, especialmente, entre as jovens gerações.
O conhecimento recíproco do nosso património espiritual, o apreço por aquilo que temos em comum e o respeito no que nos divide poderão servir de guia para o sucessivo desenvolvimento das nossas relações futuras, que entregamos nas mãos de Deus. Juntos, poderemos dar uma grande contribuição para a causa da paz; juntos, poderemos, num mundo em rápida mudança, testemunhar o significado perene do plano divino da criação; juntos, poderemos opor-nos, firmemente, a todas as formas de anti-semitismo e restantes formas de discriminação. O Senhor nos ajude a caminhar, com confiança e fortaleza de ânimo, pelas suas vias. Shalom!

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SÃO JOÃO XXIII E SÃO JOÃO PAULO II

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Viva a São José de Anchieta

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