Em homilia na Casa Santa Marta, Francisco
falou sobre três “modelos de cristãos”
Da Redação, com Rádio Vaticano
Pecadores, corruptos e santos. Foi sobre este trinômio que o Papa Francisco
centrou sua homilia da Missa celebrada nesta segunda-feira, 3, na Casa Santa
Marta. O Santo Padre ressaltou que os corruptos fazem muito mal à Igreja porque
são adoradores de si mesmos. Os santos, ao contrário, fazem muito bem: são a luz
na Igreja.
A homilia foi inspirada na leitura do Evangelho que narra a parábola dos
vinhadeiros maldosos, o que proporcionou ao Papa aprofundar a questão dos três
“modelos de cristãos” que existem na Igreja: pecadores, corruptos e santos.
“Não precisamos falar muito dos pecadores, porque sabemos bem como são, já
que todos nós o somos. Se algum de nós não se sente pecador, procure um bom
‘médico espiritual’, porque alguma coisa está errada”.
Com relação aos corruptos, Francisco os definiu citando novamente a parábola.
“Ela nos fala daqueles que querem tomar conta da vinha e perderam o
relacionamento com o dono dela, aquele que nos chamou com amor, que zela por nós
e nos dá a liberdade. Estas pessoas se sentiram autônomas de Deus. Estes eram
pecadores como todos nós, mas deram um passo avante como se fossem acostumados
no pecado, que não precisassem de Deus! E como não podem negá-lo, criaram um
Deus especial: eles mesmos. São os corruptos”.
Para Francisco, os corruptos são os mais perigosos para as comunidades
cristãs; eles são os grandes ‘esquecidos’, os que cortaram a relação com o
Senhor e se tornaram adoradores de si mesmos. “Que o Senhor nos livre de cair
neste caminho de corrupção!”, disse.
E ao falar sobre os santos, o Papa lembrou que nesta segunda-feira decorrem
50 anos da morte do Papa João XXIII, “modelo de santidade”.
“Os santos obedecem ao Senhor, adoram o Senhor e nunca perderam a memória do
amor com o qual o Senhor plantou a vinha. Dos santos, a Palavra de Deus nos fala
como luz, ‘como aqueles que estarão diante do trono de Deus, em adoração’”.
Concluindo, o Papa pediu “a graça de nos sentirmos pecadores, de não sermos
corruptos e de embocarmos o caminho da santidade
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