Na manhã desta sexta-feira, 3, dia dedicado ao Santíssimo Nome de Jesus, Papa Francisco visitou a Igreja de Jesus, no centro de Roma, onde celebrou a Santa Missa. Na homilia, ele exortou os jesuítas a viverem uma “santa inquietação”, estando sempre à procura de Deus , pois esta busca traz paz e fecundidade.
Francisco lembrou que o coração de
Cristo é o de um Deus que, por amor, se aniquilou. Desta forma, cada um
dos jesuítas, segundo ele, deve estar disposto a aniquilar a si mesmo.
“Somos chamados a este rebaixamento: ser
uns ‘aniquilados’. Ser homens que não devem viver centrados em si
mesmos, porque o centro da Companhia é Cristo e a Sua Igreja (…) Se o
Deus das surpresas não está no centro, a Companhia se desorienta”.
Diante dessas certezas, o Papa afirmou
que ser jesuíta significa ser uma pessoa de pensamento incompleto,
sempre tendo como horizonte, cada vez maior, a glória de Deus. Porém,
como pecadores que são, Francisco disse que cada um pode se perguntar se
conserva esta inquietude da busca ou se seu coração está atrofiado.
“É preciso buscar Deus para encontrá-Lo,
e encontrá-Lo para buscá-Lo ainda e sempre. Somente esta inquietude dá
paz ao coração de um jesuíta. Uma inquietude também apostólica não deve
nos fazer cansar de evangelizar com coragem. Sem inquietude somos
estéreis”.
Como exemplo dessa inquietude, o Santo
Padre citou o exemplo de Pedro Fabro, padre jesuíta e um dos primeiros
companheiros de Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus.
Francisco anunciou sua decisão de canonizar Pedro Fabro em dezembro de 2013.
O Papa lembrou, então, que uma fé
autêntica implica em um profundo desejo de mudar o mundo. “Recordemos
sempre: a força da Igreja não está em si mesma e na sua capacidade
organizativa, mas se esconde nas águas profundas de Deus”.
A Missa presidida pelo Papa foi em ação
de graças pela canonização de Pedro Fabro. Concelebram com o Santo Padre
o prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, Cardeal Angelo
Amato, o vigário do Papa para a Diocese de Roma, Cardeal Agostino
Vallini, e Dom Yves Boivineau, bispo de Annecy (França), onde nasceu São
Pedro Fabro. Participaram também cerca de 350 jesuítas presentes em
Roma.
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