O Papa argentino contou aos
sacerdotes do Clero Romano sobre a cruz que traz consigo desde o tempo
em que era Vigário Geral em Buenos Aires
O Papa Francisco, durante encontro com o clero romano, nesta quinta-feira, 6, contou aos sacerdotes que traz consigo uma cruz que “roubou” de seu ex-confessor .
O Pontífice abordou no discurso, aos
padres diocesanos, a centralidade da Misericórdia no ministério
sacerdotal e contou sobre seu confessor em Buenos Aires. Francisco
afirmou que o religioso sacramentino, padre Aristi, era confessor dos
sacerdotes da cidade e reconhecido por sua grande misericórdia.
Padre Aristi faleceu aos 90 anos na
manhã de Páscoa. Bergoglio, que era então vigário geral da diocese, foi
ao velório e se deparou com o caixão sem flores. “Haviam apenas duas
senhoras que rezavam (…) Pensei: para este homem que perdoou os pecados
de metade de Buenos Aires e também os meus nenhuma flor? Tomei a
iniciativa e fui comprá-las”, conta o Papa.
Após retornar da floricultura, o então
vigário Bergoglio narra que olhou para as mãos de Padre Aristi e viu um
terço. “Imediatamente, me veio à mente aquele ladrão que todos temos
dentro de nós, certo? E enquanto arrumava as flores, peguei a cruz do
rosário e com um pouco de força consegui tirar do terço. Naquele
momento, eu olhei para ele e disse: ‘Dá-me a metade de sua
misericórdia’”, narra Francisco.
O Pontífice conta que sentiu uma força
para realizar o ato e também realizar a oração. Após retirar a cruz,
guardou-a no bolso e, a partir daquele momento, sempre a traz consigo.
“As camisas do Papa não tem bolsos, mas
eu sempre a trago aqui (apontou para o peito) em um pequeno saco de pano
(…). E quando me vem um mau pensamento contra qualquer pessoa, eu
coloco a minha mão aqui, sempre. E eu sinto a graça! Isso me faz sentir
bem”, revela o Papa.
Por fim, Francisco destaca que o exemplo
de um sacerdote misericordioso faz muito bem, pois é “um padre que se
aproxima das feridas dos pecadores”.
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